terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Travessuras nada convencionais!


Mais uma vez um tema difícil pra mim. Não sei, mas eu acho todos os temas difíceis pra mim na verdade. Não pra escrever em si, mas porque toda vez parece que tenho que lembrar vocês que com o Henrique é tudo um pouco diferente. Pode ser chato pra quem lê, né? rs Enfim...

O Henrique não pode (no passado..rs) ser um menino travesso. Até os quatro aninhos eu simplesmente não tinha motivo pra ficar enlouquecida, berrando pela casa ou quase infartando por conta de alguma coisa que ele aprontava. Ele não aprontava nada porque estava sempre com alguém que o ajudava em tudo. No máximo, uma engatinhadinha pela sala até chegar no botão do play do DVD. E isso não é travessura que se preze, não é mesmo?

Depois que ele foi pra escola, parece que ele ficou um pouquinho arteiro. Talvez a convivência com outras crianças o encorajou a isso. Então, um dia, a professora estava explicando algo e de repente ela parou e todos se voltaram pra olhar o Henrique batucando na carteira uma alegre melodia do Jorge Aragão (ou do Zeca ou do Benito ou do Jorge Ben...não me lembro). Foi a primeira bronca oficial dele! Mas vieram outras, pois virou um vício ele fazer isso, até que a diretora teve um séria conversa com ele e mais tarde, uma mais informal comigo...rs. Hoje em dia, ele só batuca em mesas e pratos de restaurantes, em mesas dos consultórios médicos, nas pernas dele quando não tem mesas por perto e muitos outros lugares inusitados que ele faz de bateria. 

E agora, com seis anos, penso que se ele andasse eu estaria como um zumbi, pois ele seria uma criança incansável. As travessuras dele são basiquinhas: quando acaba de tomar água, manda o copo (de plástico SEMPRE) longe se eu não for pegar logo em seguida, quando vai ao banheiro, picota o rolo de papel higiênico se eu esqueço de tirá-lo de lá, faz questão de rasgar revistas e capas de DVDs só pra irritar, desce do sofá sozinho quando eu não ajudo porque sei que o que ele quer é beliscar meus pés e os do papai, puxa a toalha da mesa com tudo em cima, abre a torneira e deixa a água escorrer mesmo se eu digo que ela está chorando, dá um grito ensurdecedor do nada só pra me matar de susto e por aí vai....
E eu dou minhas broncas, viu!! rs

São coisas que crianças da idade dele não fazem mais. Talvez os mais novinhos façam. Ou não. Hoje eu disse uma frase para uma amiga que me perguntou dele e que vou repetir aqui: "Muitas vezes eu até esqueço que o Henrique não anda, de tão adorável e encantador que ele é". Olhem ele mais novinho e reparem que carinha de sapeca, mas até então, era só a carinha mesmo...ehehe
Sem travessuras ou com travessuras, convencionais ou não, Henrique é um presente especial que Deus fez questão de me dar. O motivo eu desconheço, já que eu não sei se mereço tamanha riqueza, mas que vou cuidar com todo o amor que há em mim!

Simone Maróstica, mãe do pouco travesso Henrique

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Já sou uma DIVA...


Eu   estou   querendo  muito mesmo escrever sobre a Jujubi, mas os temas não estão sendo propícios... Então como diz meu marido Marcelo: aqui em casa nós temos a gostosura e a travessura,  e assim sendo, ao invés da gostosura, vou contar mais uma dela, a travessura em pessoa: Liz!

Dia desses estava meu marido dando banho em Giulia e já tinha tirado a pequena da banheira, deixando para trás todos os apetrechos do banho, como sabonete, xampu, brinquedinhos... quando Liz disse que também queria relaxar. 

Então, Marcelo ligou o chuveiro e deixou Liz entrar na banheira, enquanto enxugava e arrumava Giulia. Voltou ao banheiro para fechar o chuveiro e deixou Liz deitada na banheira, como ela costuma dizer, relaxando... Foi fazer a mamadeira da tarde das meninas, deu mamadeira a Giulia e voltou ao banheiro pra verificar se estava tudo certo. Quando chegou ao box, a surpresa: Liz, deitada na banheira com espuma até no pescoço e o vidro novinho de xampu Johnson, do grandão, vazio que nem minha carteira...

Marcelo me disse que não conseguia brigar com ela diante daquela cena de cinema. Disse que até tentou, mas lembrou que o erro foi dele em ter deixado o xampu tão à mão e que ela estava tão linda e se divertindo tanto que não podia estragar aquele momento de princesa... Disse que se acabou de rir com a presença de espírito dela quando falou: - Tô relaxando, papai, sou uma "pincesa"!!!

Fiquei pensando...só fui tomar um banho desses já grande, e essa criaturinha, com apenas 2 anos nessa Terra, já me manda essa de "pincesa"... o que é que vai ser de mim quando ela tiver 15, meu Senhor?!

E depois do banho relaxante? ! Pediu que eu fizesse uma maquiagem bem linda nela e saiu desfilando pela sala! Depois deitou em sua cama de almofadas e dormiu, lindamente, como princesa que é!

(Lu Thompson, a mãe da DIVA Liz Thompson)

Um furacão??? Não...é só a Sofia...

Durante a gestação, Sofia já era bem agitadinha... chutinhos e soquinhos na barriga da mamãe eram constantes... durante todas as consultas e exames de Ultrassom, a mesma coisa... não parava quieta e no dia do US 3D nada de acordo, a pequena escondeu o rosto e não se deixou fotografar... acredito que essa tenha sido a primeira travessura (já estava me testando, eu acho).
Sofis nasceu, foi crescendo e tinha uns 6 meses quando caiu da cama... quase infartei!!
Depois, com 1 ano e meio, resolveu brincar de Bungee Jumping pulando do próprio berço... quase infartei pela segunda vez!!!

E, numa outra "bobeada" minha, resolveu que era legal lavar as mãos na água da privada... quase morri de catapora roxa... rs rs rs

E olha que sou chamada pelas pessoas da família de super protetora, que não deixa a menina um minuto sozinha, tipo mãe sombra, sabe?!

Mas eu sou daquelas mães que acredita que criança não tem só um anjinho da guarda... elas possuem uma equipe de pelo menos uns 3545 anjos, só pode ser isso!!! E eu acho bom demais poder contar com seres divinos e muito bem preparados, pois se não fossem eles meu pobre coração de mãe já teria ido "pras cucuias" em apenas 1a9m de maternidade... Mas Deus me deu garantia estendida e continuo aqui, firme e forte!

Claro, os cabelos brancos aumentam a cada dia que passa, mas o que fazer... coração de mãe também foi feito pra ser testado várias vezes... e eu garanto que a gente aguenta... e como aguenta!!!
Mas lá no fundo... bem lá no fundinho, eu até que gosto de certas travessuras, acho coisa de criança esperta e com certeza é história pra contar...
(Treinando para o salto que aconteceria na próxima piscada mais demorada da mamãe...)

... Agora peço licença... vou ali pedir um reforço na proteção dos anjinhos para minha pequena e já volto...

(Ana Claudia - mãe da Sofia e do blog pessoal http://soumaepravaler.blogspot.com)

domingo, 29 de janeiro de 2012

Pintando o 7, o 8, o infinito...

Decorando a parede que separava os dois apartamentos, antes que ela fosse derrubada!! 


O primeiro rabisco não autorizado da Talitinha foi num diário de classe! Eu sentada no chão, passando médias, e ela do lado, com os brinquedinhos. Fui fazer qualquer coisa na cozinha e botei os diários, abertos, no sofá. Quando voltei e dei com o estrago, tudo cobertinho pela caneta vermelha...  fiquei  fora de mim,  imaginem vocês o meu pânico, porque meu coordenador naquela época era um a pessoa irascível, inconversável, incoerente e outros “ins”, eu só pensava na bronca que iria levar! Tempos depois, foi pega em flagrante pintando, cuidadosamente, as pernas da mesa com liquid paper. (Kkkkk, e uma vez, eu é que fiz a bagunça, pintando seus pezinhos e mãozinhas com cola colorida. À medida  em que a cola secava, acho que ia repuxando e ela fez um escarcéu danado!! Sujamos o tapete do banheiro com a cola vermelha e o Mô, quando chegou de madrugada, achou que alguém havia se ferido gravemente!!!)

E foi por causa daquele pequeno incidente que comprei pra ela uns tijolinhos de giz-de-cera, que ela esfregava em todo lugar,  dentinhos, bonecas,  chão, papéis e paredes (só na casa da minha mãe...), com acentuada curiosidade científica.  Poxa, o Tariq não teve a mesma oportunidade, quando procurei  pra ele, ninguém nem tinha ouvido falar nos tais tijolinhos... E os da irmã já estavam muito carcomidos!

Eu tinha o costume de forrar o chão da sala com jornais, estender um lençol velho por cima e ali a gente soltava nossa veia artística, ao som de música clássica... Tinha guache, tesoura, cola colorida, massinha  (com toda aquela parafernália, forminhas, faquinhas, roletes  etc), lápis de cor e canetinhas, pincéis de tudo que é jeito e esponjinhas!!! Uia uia uia, tô até com calor só de lembrar como era bom, o chão ficava lotado de pinturinhas e criações de massinha, nem tinha lugar pra pisar...  Eles ficavam loucos de alegria com aquela expansão sensorial, era uma festa, me emociona lembrar! Hoje imagino como eles se sentiam bem, podendo se soltar à vontade, sem censura, sem mandos e desmandos!!

Curiosamente, vejam vocês como são as coisas, quando o Tariq foi pra escola, depois da creche, ficou com uma resistência danada a trabalhinhos artísticos, odiava ter de desenhar, pintar, recortar, o que fosse.  Nunca soube o que causou esse bloqueio.  Sua letrinha só ficou “civilizada” após 1 ano de psicomotricidade, um trabalho corporal e emocional  lindo, infelizmente interrompido por motivos financeiros. Hoje ele realiza com prazer todas as atividades que envolvam essa manipulação, ontem mesmo ele pintava, animado, com os lápis aquareláveis, enquanto eu punha ordem no nosso quarto de bagunças!

A Talita desde sempre se manifestou engraçadinhamente com os lápis. Ela criou umas bonequinhas que interagiam com seus exercícios em provas, livros e cadernos. Nós  e seus professores ríamos pra caramba, as “niitas” tinham um quê de Mafalda! Criticavam o tipo de enunciado, mexiam  levemente com uma ou outra cobrança exagerada, uma graça. Atualmente numa pasta ela guarda os produtos de seus desafogos adolescentes, desenhos cheios de simbolismos, de significados, sobre os quais conversamos quando ela quer.

Aaaah, nada como ter liberdade para se expressar!!
                           
                                          (Else, mãe dos bem-resolvidos-das-tintas Talita e Tariq)


sábado, 28 de janeiro de 2012

E haja papel para Mateus e Elias!

Os dois sempre gostaram de rabiscar. Rabiscavam folhas e mais folhas. Carregavam as minhas folhas da impressora, dobravam ao meio e desenhavam muitas histórias em quadrinhos e iam enchendo uma das gavetas do guarda roupas. Até hoje está lá, cheinha de desenhos. Muitos desenhos, muitos rabiscos! 
Desenho feito pelo Elias

Muitas vezes brigava com eles por rabiscarem tanto e sempre dizia que era um desperdício e que as folhas custavam dinheiro. Olha que maldade! ...Verdade! Muitas vezes dizia que ia jogar tudo fora ou fazer uma fogueirinha! 
Desenho feito pelo Mateus

Com o passar do tempo eu fui percebendo que eles gostavam mesmo e que era uma maneira deles se divertirem e também percebi que eles  desenhavam muito bem, principalmente o Mateus. Não foi a toa, que foi classificado nos desenhos do projeto de robótica da escola e foi para São João Del Rey-MG no mês de setembro representar a escola dele. O Elias não pode participar do concurso, porque estava representando a escola nos jogos estudantis. 

Eles amam desenhar, desenham todas as noites, antes de dormir. E haja papel!!! 

Depois de demorar tanto para entender o gosto deles pelo desenho, eu passei a me interessar e dar muito apoio - comprei materiais de desenho: lápis 6B, pasta para guardar os desenhos, etc. 

Assim é a história desses dois rabiscadores ...sempre rabiscando, na hora da aula, nos intervalos, até na igreja durante o culto já rabiscaram muitas vezes  o hinário e a Bíblia. São viciados em rabiscos!

(Maria, mãe dos rabiscadores Mateus e Elias)

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo...


Meu Deus, se eu for contar quantos papéis foram usados para os rabiscos das meninas acho que o meio ambiente choraria.Sempre incentivei muito o ato de pegar uma folha de papel, um lápis e desenhar lindas imagens, que na maioria das vezes não entendia o que exatamente representavam, mas que eram o meu maior orgulho e o delas também.

Os rabiscos fazem parte da vida de uma criança , através deles elas se desenvolvem, alimentam suas fantasias, passam tempo se distraindo ( eu amava esses momentos , pois esses minutos eram preciosos para mim kkkkkkk).

Aqui em casa as duas sempre gostavam de rabiscar , mas a Beatriz até hoje rabisca, desenha, pinta, ela é mais artista do que a Catarina, apesar das duas amarem trabalhos manuais.


O duro foi quando uma usou a outra como papel, esse dia eu quase surtei kkkkkkk.Quando cheguei em casa e as duas estavam com uma caneta nas mãos e rabiscando a perna uma da outra , confesso que nem tive coragem de ficar brava.

Outra coisa que a Beatriz acabou de me lembrar foi o dia em que ela pegou a boneca(semi nova), e fez pintinhas em seu rosto  e no corpo inteiro.Devagarinho ela chegou perto de mim e me falou:
--Mãe , tem remédio para catapora?
Olhei assustada pra ela e perguntei o porquê.
--Ah, mãe a boneca está com catapora.
Quando olhei a boneca... Aiaiaiaiaiaiai.Beatriz o que você fez com a boneca, minha filha?
-- Ela está com catapora.Será que ela precisa ir ao Dr. Ramiro?Liga pra ele e pergunta qual remédio vamos dar a ela.
kkkkkkk,Gente foi muuuuuuuuuuuito ilário.Por que crescem né??? kkkk

Maria Regina- mãe das loucas por rabiscos- Beatriz e Catarina

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Entre riscos e rabiscos....



Se tem uma coisa que Miguel adooora é lápis de cor, caneta, lápis, borracha, papel e às vezes, dependendo do meu tempo e do meu humor,  até um guache eu libero!!! Deixo sempre a mão esse material e ele sabe direitinho onde mora cada um, para poder usar na hora que desejar. Mesmo assim, ele ainda fica tentando me convencer a deixá-lo usar a tesoura, a cola e o apontador de sapinho... Em vão!


 Fica ali hoooooras, com a língua de lado, pra fora, tanto desenhando quanto escrevendo! O que mais me chama a atenção é que ele tem ousadia de sobra, assim como também tem criatividade! Desenha um monte de coisas e fica me mostrando a todo instante, pedindo a minha opinião e às vezes me pedindo para lhe eu desenhar uma coisa ou outra. Tudo o que eu peço para ele desenhar, ele sempre prontamente desenha: sol, cachorro, coelho, jacaré, maçã, Papai Noel... Até hoje nunca fui surpreendida com um “não sei”, mas quase sempre o sou com desenhos altamente surreais, abstratos!!!! 

Dia desses percebi que ele já tem noção de algumas coisas, como de que o sol “é redondo que nem a bola” e lá vai ele, com aquela mão ainda tão pequenininha, desenhando algo beeeeeem semelhante a um círculo! E, todo metido a intelectual, já aprendeu a desenhar a letra “M de Miguel e de mamãe”, e não para por aí... Vai viajando na imaginação e “escreve”  cartas e bilhetinhos, sempre dizendo um eu te amo para a mamãe, para o papai, para a vovó Cléa, para tia Iza (seus alvos preferidos!). 

Às vezes me pego agindo que nem a minha mãe, que colocava a mim e a minha irmã, bem cedo, para aprender a ler e a escrever... cobrava... antes mesmo de irmos para a escola (para onde já fomos devidamente alfabetizadas), e, apesar de ser grata a ela por isso, me policio, pois não quero me esquecer de que meu filho é ainda uma criança e, como tal, precisa primeiramente brincar, brincar, brincar... Quero que seja uma criança feliz, que brinca, que faz descobertas sozinho, que tem seus limites respeitadíssimos, com tudo no seu tempo certo!!! Quero um filho normal, um aluno normal, e não um gênio, um nerd, alguém que se entristece quando tira um 9 só porque almejava um 10!!! Complicado demais achar o meio-termo, mas tento! 

Enquanto isso, vou até tentando podá-lo um pouco, confesso, e dizendo que contar até 10 está ótimo para a idade dele, quando me pergunta sobre o catorze, o quinze... ou quando me pede para desenhar uma tartaruga porque a dele não está linda... e eu digo que está linda sim, mesmo, no fundo, achando que o rabisco lembrava mais uns óculos do que a tal da tartaruga! O mundo interior é muito mais importante e mágico do que o que se pode exteriorizar nesta idade... Aposento (todas) as (in)coerências... Elogio, aplaudo, enquanto constato que, na verdade, ele risca e rabisca muito mais em meu coração do que em qualquer pedaço de papel, deixando registrado ali momentos deliciosos!

 (Andreia Dequinha – mãe do rabiscador Miguel)

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Vernissage da Mariana

Você está convidado a participar da exposição das obras da artista Mariana, ícone da cultura infantil.

No evento serão expostas obras de todas suas fases. Desde a inicial, quando a artista optava por rabiscos e carimbos:
  
Passaremos pela fase do guache sobre folha de sulfite, quando os abstratos permeavam todas suas obras... A técnica do uso das mãos e rolinhos fica evidente em trabalhos cujos tons são de extrema beleza:

Finalmente, serão mostrados os trabalhos da fase atual da artista. Além das obras com colagens, também veremos os autorretratos e retratos da mamãe e do papai.

O local do evento será a porta da geladeira ou mesmo o armário do quarto.

Não é necessário pagar ingresso. Apenas ter tempo para admirar toda a obra da artista. Ela agora assina suas obras e, assim, poderá também conceder autógrafos.

(Nina Marinho, mãe da artista mundialmente famosa, Mariana)

PS- Mariana adora desenhar, pintar e escrever, seja usando lápis, canetinha, giz de cera, tintas, etc... Guardo seus desenhos, que muitas vezes, ficam mesmo expostos na geladeira ou no quarto. 

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Doces lembranças

Eu guardo várias coisinhas do meu filhote, desde provinhas, cartinhas, bilhetinhos, fotos, e claro, os lindos rabiscos. Peu começou a estudar numa escola com dois aninhos, quase morri e já ia desistindo quando o via chorar, mas o choro acabava assim que eu saía perto dele. Nesta escola ele estava numa turma de crianças de três anos, mas, como eu trabalhava lá, elas o aceitaram. Todo mês eu recebia os trabalhinhos dele e realmente não gostava, pois o garoto era um gênio. Rsrs Ele aparecia com todas as vogais bem escritas, com os números até 5 e etc. Clarooooooooo que ele não fazia sozinho, a professora devia ajudar noventa e nove por cento. Sei disto porque perguntava, Peu, escreve o A, ele fazia, escreve o E, nem pensar, não sabia nem o que era isto. Rsrs Os números eram a mesma coisa, ele só sabia o número 1 e era uma graça, porque mostrava o dedinho e gritava número ummmmmm. Lindo ! (Nada como mãe coruja. Heheheh) Por isto, quando ele foi para uma outra escola no ano seguinte e vinham os verdadeiros rabiscos eu amei, porque sabia que aqueles eram suas produções. Aqueles desenhos lindos, que só mãe aprecia, aquelas palavras que só a professora perguntando saem, mas estes é que estão guardados.

Ele foi crescendo e gosta muito de escrever, então já recebi lindas cartas dele, muito emocionantes. Passou a amar pintura e fez,  em Cabo Frio, aulas com um professor que ele adorava e quando foi para o Colégio Naval entrou no grupo de pintura e já pintou quadros maravilhosos. No último ano, ele foi chamado para pintar o Colégio Naval e este quadro está exposto lá. Realmente ficou lindíssimo. Espero que ele não perca o gosto pela pintura, apesar que agora tudo vai ser mais difícil para ele se dedicar a este hobbie. Por isto tenho guardado os seus primeiros rabiscos e um lindo quadro na minha parede.

(Cris Happy- mãe do pintor Pedro)

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Eu já sei "isquevê"!!!

Minhas companheiras, que correria pra conseguir chegar aqui hoje, meu Deus!!! Se não fosse a Ana Cláudia, o que seria de mim?! rs Enfim, eis-me aqui para falar dela, a gatagarota, menina esperta: a pequena Liz!

Já faz algum tempo minha irmã, que considero a melhor educadora infantil do Brasil e do mundo (rs) vem ensinando a minha filha as letras do nome dela, as formas geométricas, as cores e uma infinidade de coisas que fazem com que Liz seja a figura que ela é...

Mas nada foi mais interessante do que o que aconteceu um dia desses... ela estava sentada no seu cadeirão rabiscando uma folhinhas que o pai deu pra ela, fazendo milhões de desenhos mirabolantes e escrevendo um montão de coisas. De repente, ela vira pra mim e diz: - Mami, "esquevi" um 'L'! Eu disse: -Foi? Então cadê? e ela: - Aqui, mami!

Quando eu olhei, lá estava ele, o 'L'!!! Eu falei : - Foi você que fez?!  ela toda empolgada: - Sim, mãe, eu! Daí desafiei: -Se foi você, então faz de novo!

E então veio a grande revelação: ela foi lá e fez outro 'L'! Lindo, perfeitinho, um risco e um tracinho, o 'L' mais incrível que eu já vi nessa vida! E pra arrematar mandou também um 'I' bem do ladinho do 'L' e terminou dizendo: - Agora faz o 'Z' que esse eu não "cunsigo!!! rs

Que orgulho, que alegria!!! Fico pensando aqui... até quando serei pega nessas emoções?! Acho que para sempre!!! Com certeza, para sempre!!!

(Lú Thompson - mãe  orgulhosíssima da gatagarota Liz!) 

Quando a parede vira tela...

(Lindos e perfeitos rabiscos. Verdadeira obra de arte!)
Essa obra de arte foi feita na semana passada, quando num descuido, maridex deixou um lápis "dando sopa" e Sofis esperta, na hora pegou e começou a rabiscar toda a parede da sala. Eu até sabia que um dia isso iria acontecer, mas não imaginava que fosse tão cedo... rsrs

Não fiquei brava nem briguei com ela. Sei que está errado... mas dá pra limpar.

Minha reação foi fotografar...e até achar fofo...e, claro, comprar lápis de cor e caderno pra ela rabisque no lugar certo...

(Mamãe, olha que lindo...!!!)
Amo demais essa coisafofacuticutidamamãe!!!!!


(Ana Claudia - mãe da Sofia e do blog http://soumaepravaler.blogspot.com)

domingo, 22 de janeiro de 2012

Salvo pela sandalinha!


Férias! Momento de descontração, alegria, prazer...
Era o que realmente esperávamos que acontecesse quando resolvemos todos (eu, meu marido e nossos dois filhos) conhecer o litoral capixaba.

Tudo pronto, malas e malinhas arrumadas, a viagem foi maravilhosa.
Conseguimos um apartamento de frente para a praia de Piúma, no terceiro andar, com direito a uma sacada e uma vista incrível.

Até aí, beleza!
A Lívia, então com três aninhos e o Renan com quase dois.
Ela, como sempre, comportada, obediente, uma doçura.
Ele, por sua vez, com a mesma criação, bagunceiro, levado, arteiro, tudo de danado ele era (e ainda é!)

No primeiro dia, arrumamos tudo e preparávamos para dar uma voltinha, quando meu marido foi até à sacada ver a linda vista.
Lívia também foi e ficou ao seu lado para admirar também.
Renan, claro, subiu no muro e escorregou. Estávamos no TERCEIRO ANDAR!!!

Ronaldo só viu o pequeno vulto se virando para fora do prédio, e o que costumamos dizer, a mão de Deus agiu naquele momento e ele agarrou Renan pela sandalinha!
Ele entrou no apartamento com o Renan ainda peduradinho pela sandália.
Choramos todos!

Claro que trocamos de apartamento no mesmo dia e pedimos um com vista para os fundos. Rsrsrs
Tirando isso e mais uma queimadura com ferro de passar roupa (nessa mesma viagem) tudo transcorreu muito bem!
Eles adoraram a praia e a partir dali, vi o quanto meu Renan era levado! Rsrs

Hoje, ele tem 21 anos e é um atleta de ginástica olímpica em minha cidade.
Já fez muitas outras viagens para o exterior, para outras cidades do Brasil, mas não era dessa forma que ele precisava me dizer que seria um grande ginasta, né?


Para comprovar, este vídeo, de apenas 12 segundos, mostra um pouquinho da ARTE que hoje ele sabe fazer bem!

(Vânia Oliveira - mãe do Renan, da Lívia e do Ramon))

sábado, 21 de janeiro de 2012

Viagem nas rimas ou nas ideias?



Sem dúvida a primeira viagem dele e dela ocorreu quando foram despejados do casulo onde, enclausurados, estiveram alojados por nove meses. Do mundo interno para o externo parece, a princípio,  um caminho tão curto; entretanto tal trajeto  obedece a um processo  “leennto” e até (digamos) doloroso.

Não pretendo com essa revelação conotativa subtrair  a sensação de aventura sempre presente neste tão precioso substantivo; apenas quero ressaltar que certas  experiências  representam verdadeiras viagens, levando em conta os desafios enfrentados.

Passando da imaginação à razão, deparo-me com um arquivo desorganizado de memórias o qual preciso vasculhar para encontrar o fio cronológico dos fatos; todavia os anos vão devorando  algumas lembranças ao mesmo tempo em que consomem certas datas.

Não desisto. Abro álbuns de fotos. Pergunto  ao fulano, ao sicrano, até ao beltrano e concluo que terei que me virar sozinha mesmo. Concentro-me novamente. Aperto aqui, acolá;  busco uma introdução adequada dentro de uma estrutura pré-definida.

De repente uma idéia escorrega-se e, na tela do computador, vai costurando o tema camuflado em rimas...

Não é fácil a abordagem
Sobre a primeira viagem,
Mas, não perdi a coragem
de fazer essa homenagem
caprichando na linguagem
sem dizer muita bobagem
pra não parecer parolagem.

Se eu tivesse uma filmagem
Com o registro da imagem
Pra rever toda a paisagem
do mar, do rio, da folhagem,
de algum bicho selvagem
ou  um  outro personagem
que, estando de passagem,
foi parar numa estalagem.

Ahh!! eu iria tirar vantagem
E num processo de colagem
Escreveria minha mensagem
Com toques de malandragem.
Falta-me, então, essa bagagem
Que invalida minha passagem
Mas,.. valeu pela aprendizagem!
...

Parecia finalizado um texto que eu mal o iniciara. O que mais me intrigava era a ausência de informações e eu precisava corrigir aquela falha. O que mais importava: as datas ou os fatos?

Para onde fomos, afinal?

-- Para uma fazenda no interior paulista! Ter contato mais direto com o verde, com a terra, com os animais, tirar leite de vaca, de cabra, pescar, correr, andar a cavalo, conhecer fogão à lenha , saborear os pratos típicos e, sobretudo, conhecer os parentes que moravam longe. As crianças se divertiram o quanto puderam todas as vezes que fomos lá.  O passeio à praia chegou em um outro dia, trazendo outras novidades para serem exploradas e apreciadas. Houve uso e abuso porque o sol não estava para brincadeiras e nem as pedras (uuiii!)


  (Zizi Cassemiro - mãe do Danilo e da Patrícia, que às vezes viaja sem sair do lugar)

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Vamos a la praia ô ô ô ô ô


Eu e meu marido sempre gostamos de viajar e quando as gêmeas chegaram não nos atrapalharam em absolutamente nada. Antes delas chegarem passávamos nossas férias na praia e não podia ser diferente com a vinda delas.

A primeira viagem grande delas foi quando tinham 9 meses e foi para Ubatuba litoral norte de SP. Quando chegamos à praia  tentei colocá-las na areia mas elas estranharam um pouco, até choraram, mas aos poucos fomos insistindo  devagar, devagar e quando percebemos lá estavam elas só brincando e se deliciando na água. Comprei até óculos de sol para elas e jamais deixaria de registrar esse momento. Está certo que eles quase não paravam no rosto delas, mas tudo bem kkkkkkk

Elas amaram brincar de baldinho, eu ficava colocando areia na perna e fazia um montinho, e elas riammmmmm. Foi uma viagem muito tranquila, minha prima foi para me ajudar. Na época o mais complicado foi na hora de dormir, pois elas estavam acostumadas com o berço e tiveram que dormir no carrinho, então as noites foram meio complicadinhas.

Até hoje elas amam a praia, é uma luta quando chega a hora de renovar o protetor, pois não querem sair da água para nada.

Fiquei olhando essa foto e me lembrando como foi maravilhoso e divertido esse dia. É bom demais ter gêmeos!!!

PS.: Lembrei também que estou ficando velha! kkkkkk

(Maria Regina - mãe das sereias Beatriz e Catarina)

Eu rodo, ele roda, nós rodamos



Cauã começou a passear cedo, com um mês de vida apenas. Como não moro na mesma cidade da minha família e estava de férias por tempo indeterminado, resolvi levar o fiote para passear e conhecer minha querida Juazeiro.

A minha condição financeira na época não me permitia ter meu Super para me ajudar durante a viagem. Então, fomos só eu e meu Bisco, de ônibus, numa viagem de seis horas. Fora o fato de eu não ter levantado momento algum para ir ao banheiro, beber água, a viagem foi tranquila.

Cauã em cima de um travesseiro ora dormia, ora mamava e, graças a Deus, não fez caca neném durante a viagem. Eu, imóvel, sem sede, sem vontade de comer, ora dava de mamar, ora dormia. Cauã ganhou muitos elogios dos passageiros, afinal nem parecia que tinha uma criança dentro do ônibus (na época ele não era chorão como hoje), já a mamãe ouviu muitas críticas, afinal que mãe louca leva uma criança pra fazer uma viagem de seis horas, num ônibus com ar condicionado e sem ninguém para ajudá-la?! Só mesmo euzinha!

Bom, o importante é que Cauã sobreviveu e adora viajar. Todo mundo fica besta pelo fato de meu Bisculisco viajar direto e não chorar, esperar pacientemente, até chegar ao destino. A única vez que o vi reclamar na viagem foi quando fomos de carro para Juazeiro e na metade do caminho ele disse que queria chegar logo, pois seu bumbum estava doendo.

Vale ressaltar que as viagens de Cauã se resumem em... praia! Como minha mãe sempre aluga casa para veranear, ele desde os três meses de idade toma banho de mar. Tudo bem que com três meses só foi um banho rapidinho, no último dia para ser batizado. Mas agora, amigas, se deixar é o dia todo na água. E agora que aprendeu a mergulhar, então! Ninguém segura essa criança! Sem contar que aqui onde moro fica próximo de Salvador, então, vira e mexe nós estamos lá... nas praias. rs.

Acho que sem querer acertei. Desde um mês de idade meu filho viaja e ele adora passear, seja de ônibus, seja de carro. Esse menino puxará aos avós maternos. Será uma criança rodada!

(Dani Lino, mãe do rodado Cau)

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Cabo Frio - Rio


A primeira viagem de Miguel foi para o Rio de Janeiro, para a casa da minha irmã. Era final de novembro e ele tinha 3 meses e meio.  Não foi nada planejado! Cismamos do nada de ir e prontamente levantamos acampamento. Fazia um calor insuportável. Eu e o pai de Miguel antes fomos comprar umas camisetinhas e shortinhos para ele, que, acreditem, não tinha quase roupa para ficar em casa, só macacões e macaquinhos de passeio, calorentos, nada confortáveis! 

Não sei onde eu estava com a cabeça neste dia, para topar essa aventura! Muito menos mamãe, que sempre recusava tudo por ter o pé plantado aqui em casa e por se preocupar com comida para gato e cachorro, deixar a casa sozinha e blá-blá-blá. Miguel não tinha a menor noção de estar viajando. Dormiu a viagem quase toda e mamava que nem um bezerrinho (como, aliás, é até hoje!). Eu fui com o maior medo de estar me esquecendo de algo (sempre tenho essa sensação, confesso!). 

Na casa da minha irmã, tirando o calor (mais insuportável ainda do que aqui e o ventilador que parecia sair um ar mais quente do que frio), foi tudo ótimo! Minhas sobrinhas adoraram paparicar meu filhote! Tia Iria e tio Celso também, fora Dona Jurema e alguns vizinhos. Miguel já era famoso por lá! Meu filho, sem exagero, parecia um popstar! (risos)

Lá ele tomou o primeiro banho de chuveiro, dentro de uma piscininha amarela! Lá ele ficou mais tempo longe de mim porque eu e o pai cismamos de ir ao maracanã assistir a um jogo do Neeeeense! E, principalmente, esta primeira viagem, para mim, foi associada à primeira gargalhada do meu filho, coisa que não teve preço e que eu fiz questão de registrar, porém já na metade dela! Tal presente foi dado à minha sobrinha Isabella e confesso que, na época, fiquei um pouco "mordida", enciumada, pois é claro que eu queria ter sido o alvo de gargalhadas tão gostosas! 

Na volta, lembro-me de termos passado na casa da vovó Lucinha para tomarmos café da manhã e também paramos para visitar, rapidamente, o sobrinho de Miguel, o Pedro Lucas, e a tia Camille, só não sei se foi necessariamente nesta ordem.

(Andreia Dequinha - mãe de Miguelito de, literalmente, primeira viagem!)

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Vamos viajar!!!

A primeira viagem de meus filhos foi para o Rio, para a cada da minha mãe. Minha família é de lá e vim para São Pedro quando a Bia tinha 9 meses, mas antes disso meu marido veio e vínhamos visitá-lo até chegar o momento da mudança.

Por isso vou falar da viagem que  considero mais real, de férias, fomos para o Nordeste de carro, mais especificamente para o Ceará. Uma verdadeira aventura.

No início fiquei cheia de apreensões, pois o Fillipe era pequeno, tinha 4 anos e, enfim, encarar a estrada desconhecida de carro, por três dias, não me parecia uma coisa muito agradável. Porém, foi a melhor viagem que fiz na vida, inesquecível, Lipe dormiu muito e não deu trabalho, minha filha é muito tranquila também. Foi divertidíssimo, a melhor parte da viagem foi a estrada, conhecer lugares diferentes, pessoas e hábitos. Sem falar na proximidade, somos obrigados a dividir um espaço apertado, fazer tudo junto. Só nos aproximou ainda mais.

Agora, ficamos o ano inteiro aguardando as férias para poder embarcar em novas aventuras. A deste ano foi para Goiás.

(Carmem Lúcia - mãe da Bia e do Lipe)

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Meu sol no mar


Quando o Henrique tinha dois aninhos, resolvemos que estava na hora de levá-lo em uma viagem. Pensamos em nós também, que desde minha gravidez, não viajávamos. A única loucurinha foi que escolhemos ir para o sul, pois estávamos com saudades, já que sempre íamos pra lá. 

Engraçado que moro no interior de São Paulo e temos praia por perto....quatro ou cinco horas de viagem (não tããão perto rs), mas resolvemos enfrentar treze horas e ir para Balneário Camboriú e Florianópolis. O Henrique já usava as órtises e a gente sabia que não seria fácil ter que carregá-lo a todo momento, mas meus pais e minha irmã foram também, então, iríamos revesando. 

O que eu achava que seria estressante e cansativo, acabou se tornando um passeio delicioso e divertido! Ele não deu trabalho nenhum naquela estrada sem fim...dormia, acordava, cantava, tagarelava, ria, comia, dormia de novo, enfim, se comportou como um homenzinho.

Na praia, se encantou com o mar e não queria sair de lá, mas como criança e sol forte não combinam muito, levei a piscininha pra que ele ficasse na sombra se refrescando. No começo, teve arrepio da areia, mas depois acostumou e brincou muito. Muito mesmo! Ahh, e ficou tão moreninho, da cor do pecado. Lindo de viver!


Depois dessa, fizemos muitas outras viagens, mas com o tempo foi ficando um pouco mais complicado. Ele cresceu e com isso, era mais difícil pra gente. Eu e meu marido sempre pensávamos duas vezes...não....mil vezes antes de sair de casa, porque a gente sabia como era complicado carregar o Henrique pra lá e pra cá, mas agora, depois de nossa viagem ao Rio, voltamos com a cabeça mais aberta e com os pés no chão, pois temos que enfrentar essa realidade mesmo, não tem jeito. Já estamos encomendando a cadeirinha de rodas dele e vamos sim passear, sair, levá-lo pra qualquer lugar, pois sabemos que é possível, apesar das dificuldades. 

A subida ao Cristo Redentor, com o Henrique de cadeiras de rodas, nos provou que podemos enfrentar qualquer barreira. A emoção que ele sentiu quando viu onde estava, foi indescritível. Henrique parecia gente grande. Desculpa, gente...mudei o foco. Era pra contar sobre a primeira viagem e não sobre a que foi inesquecível. rs

O importante é saber que, independente de qualquer limitação, pode-se ser feliz e se divertir pra valer! 

(Simone Maróstica, mãe do solzinho Henrique)

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Termômetro!


Amanheci pior do que fui dormir. Muita dor nos braços e nas pernas... dor de cabeça... aperto na nuca... cansaço... sonolência... e o que é pior: muita ânsia de vômito. À noite então... Nossasinhooora!!! Até febril eu me senti e foi graças a isso que eu pude morrer de rir, para variar,  com meu filhote Miguel, que me ouviu falar isso para mamãe e prontamente parou de mamar, desceu da cama que nem um furacão, subiu no berço, pegou um termômetro dentro de sua caixinha de primeiros socorros e, olhando pra mim, com ar de enfermeiro tarado, gritou: 

-- Arrááááááá!!!! Vamos ver!!!!

E já foi enfiando o termômetro, com sua habitual sutileza e delicadeza de elefante, no meu sovaco! 

Gargalhadas... minhas, de mamãe e, depois de demonstrar não entender nada, dele também! Acho que ele reconheceu ser melhor entrar no coro do que perguntar o porquê das gargalhadas! Esperto demais esse garoto, sem falar que é o melhor de todos os remédios! Cura tudo!

(Andreia Dequinha - mãe do melhor enfermeiro do mundo!)

A primeira viagem de Sofia (Inesquecível!!)

Foi uma delicia! Foi muito melhor do que eu imaginava. Foi mais fácil do que pensei. Tá. Confesso que foi uma viagem diferente de todas as outras que já fiz sozinha ou com o marido. Se antes a preocupação era se iria chover ou fazer sol, agora foi beeem diferente...era nossa primeira viagem com nossa filha, outras preocupações. Não bastava levar somente o biquini e o guarda sol...era preciso muito mais...fraldas, pomadas, repelente, bloqueador solar infantil, toalhas, roupas, muitas roupas, de frio e calor, frutas, sucos, papinhas, bolachinhas, água, muita água, o chinelinho, o chapéu, o baldinho de areia, a canga, a mamadeira, a escovinha de lavar a mamadeira, o leite, o trocador, o cobertor, o travesseiro, etc, etc...

E olha que lembrei de tudo, tudo mesmo!!!
Não faltou nada...

Fomos para Ilha Bela, fica no litoral norte de SP. Lugar lindo. Praias lindas e ótimas para ir com criança.

Tomamos o máximo de cuidado com o sol, Sofis é muuuuuito branquinha por isso sombra e bloqueador solar foram indispensáveis. O repelente na região de Ilha Bela é  indispensável, muito mosquito...mesmo com repelente eles picam...são atrevidos...
As praias são pequenas e bem tranquilas, rodeadas por árvores que fazem a vez do guarda sol.
Sofia por sua vez resolveu que tem "nojo" de areia...não pisou uma vez se quer na areia...só queria colo ou ficar sentadinha na canga brincando. E quando notava areia no pé dizia "quédo mamãe"...rsrs

Foi pra água comigo e com o papai e se divertiu. Brincou na piscina particular...fez a festa...

Pra dizer a verdade achei que seria estressante. Por aqui é difícil sair, quando saímos para visitar alguém, é difícil conseguir conversar. Muitas vezes penso pra sair de casa... Sofis briga por causa de brinquedos, briga por ser contrariada,  faz birra, chora e esperneia. Mas me surpreendi. Antes da viagem achei que fosse voltar muito cansada por ter de ficar correndo atrás dela, que não pára um minuto...mas foi bem fácil...ela se comportou. Passeamos, tomamos sorvete, descansamos...teve até soneca na praia, no colinho da mamãe...delícia!! Não fiquei cansada, não estressei com as poucas birras e choros da Sofia. Foi muito bom!
Uma outra preocupação minha era a alimentação da pequena, mas fui munida de muita fruta, suco e papinhas industrializadas salagadas e doces. Sofis come bem e come coisas nutritivas todos os dias, não vejo mal nenhum em  vez ou outra "quebrar" a regra e comer outras coisas. Mas também comeu o bom e velho arroz com feijão e bife. Adorou.

Essa nossa primeira viagem juntos foi muito legal. Não vejo a hora de fazer outras viagens a três. Foi linda, agradável, INESQUECÍVEL!!!

(Ana Campos - mãe da Sofia e do blog http://soumaepravaler.blogspot.com)

domingo, 15 de janeiro de 2012

Menino - Fernando Sabino



Menino venha pra dentro, olhe o sereno! Vá lavar essa mão. Já escovou os dentes? Tome a bênção a seu pai. Já pra cama!  

Onde é que aprendeu isso, menino? Coisa mais feia. Tome modos. Hoje você fica sem sobremesa. Onde é que você estava? Agora chega, menino, tenha santa paciência.

De quem você gosta mais, do papai ou da mamãe? Isso, assim que eu gosto: menino educado, obediente. Está vendo? É só a gente falar. Desça daí, menino! Me prega cada susto... Pare com isso! Jogue isso fora. Uma boa surra dava jeito nisso. Que é que você andou arranjando? Quem lhe ensinou esses modos? Passe pra dentro. Isso não é gente para ficar andando com você.

Avise a seu pai que o jantar está na mesa. Você prometeu, tem de cumprir. Que é que você vai ser quando crescer? Não, chega: você já repetiu duas vezes. Por que você está quieto aí? Alguma você está tramando... Não ande descalço, já disse! Vá calçar o sapato. Já tomou o remédio? Tem de comer tudo: você acaba virando um palito. Quantas vezes já lhe disse para não mexer aqui? Esse barulho, menino! Seu pai está dormindo. Pare com essa correria dentro de casa, vá brincar lá fora. Você vai acabar caindo daí. Peça licença a seu pai primeiro. Isso é maneira de responder a sua irmã? Se não fizer, fica de castigo. Segure o garfo direito. Ponha a camisa pra dentro da calça. Fica perguntando, tudo você quer saber! Isso é conversa de gente grande. Depois eu dou. Depois eu deixo. Depois eu levo. Depois eu conto.

Agora deixa seu pai descansar - ele está cansado, trabalhou o dia todo. Você precisa ser muito bonzinho com ele, meu filho. Ele gosta tanto de você. Tudo que ele faz é para o seu bem. Olhe aí, vestiu essa roupa agorinha mesmo, já está toda suja. Fez seus deveres? Você vai chegar atrasado. Chora não, filhinho, mamãe está aqui com você. Nosso Senhor não vai deixar doer mais.

Quando você for grande, você também vai poder. Já disse que não, e não, e não! Ah, é assim? Pois você vai ver só quando seu pai chegar. Não fale de boca cheia. Junte a comida no meio do prato. Por causa disso é preciso gritar? Seja homem. Você ainda é muito pequeno para saber essas coisas. Mamãe tem muito orgulho de você. Cale essa boca! Você precisa cortar esse cabelo.

Sorvete não pode, você está resfriado. Não sei como você tem coragem de fazer assim com sua mãe. Se você comer agora, depois não janta. Assim você se machuca. Deixa de fita. Um menino desse tamanho, que é que os outros hão de dizer? Você queria que fizessem o mesmo com você? Continua assim que eu lhe dou umas palmadas. Pensa que a gente tem dinheiro para jogar fora? Tome juízo, menino.

Ganhou agora mesmo e já acabou de quebrar. Que é que você vai querer no dia de seus anos? Agora não, que eu tenho o que fazer. Não fique triste não, depois mamãe dá outro. Você teve saudades de mim? Vou contar só mais uma, que está na hora de dormir. Agora dorme, filhinho. Dê um beijo aqui - Papai do Céu lhe abençoe. Este menino, meu Deus...

 
(Postado pela Else Portilho, que se lembrou desse texto engraçado!)

Só muda o endereço, né?...


Enquanto sentada aqui escrevo, os dois batem  asinhas por aí. O Mô levou a Talita e as amigas para o shopping e vai buscar quando ela avisar que já enjoaram de bater pernas. O Tariq está solto pelo condomínio, curtindo a tarde picotada por pancadas de chuva, pra refrescar o corpo e lavar a alma. Isso ele pode fazer sempre que estiver calor!

Eu imaginava que nas férias o estoque de não podes tivesse  um desconto, já que não temos horários, dormimos às 3h, o café é  às 11h, almoço às 17h...  Mas algumas regras básicas precisam reinar, para que existir e conviver sejam uma aventura, no mínimo, agradável, e para que a integridade física e mental sejam preservadas.

Quando estão ainda pequenos, repetimos, (in)cansáveis, aquelaladaiiinha de proibições, ansiando pelo dia em que já terão interiorizado todas elas e que, finalmente, teremos paz. Aham, o que foi que eu disse mesmo?! Ué, mas eles já cresceram tanto, ainda vou ter de esperar MAIS?  Bem, é que “mudaram as estações, nada mudou”... As exigências são oooutras, mas a enjoeira é a meeeesma... Antes ele queria tomar banho com o carrinho de controle remoto e ela tentava todo dia desenhar nas paredes... Eu era feliz e não sabia, hehehe!!! O grau de experimentação e de alargamento de limites é proporcional ao crescimento do perímetro encefálico e à elevação dos olhos acima do nível do mar! Física pura isso, né?? Some-se a isso a criatividade das razões pelas quais querem fazer isso ou aquilo, claro...

  • Andar de bicicleta na rua de cima não pode, Tariq, porque lá passa carro e você acabou de aprender a andar nela, não domina bem ainda. Além do mais, você acabou de ser atropelado pedestre, imagina ciclista?!
  • Talita, não pode ficar na internet desse jeito, que você acaba maluca, cega ou com a coluna torta! A filha do Bill Gates só fica 45 minutos POR DIA!
  • Tem de tomar pelo menos um leite sim senhor, seu Tariq, não pode descer pra brincar de barriga vazia que dá gastrite!
  • Fiiiilha, deixa de preguiça e lancha direito, não pode só comer rosquinhas e tomar esse leite com 4 colheres de Toddy, come direito...
  • Tariq, tem de tomar banho sim, pelo menos unzinho por dia, meu filho, como é que você vai dormir assim, todo grudento??
  • A sua irmã pode dormir um pouco mais tarde porque ela é beeem mais velha que você, jááá pra dentro, menino!
  • Não pode ficar o dia inteiro dentro de casa, colado nesse videogame, garoto! O dia tá lindo lá fora, olha que sol, jááá pra fora, menino!
  • Não deixa o chuveiro ligado esse tempo todo, vai acabar com a água do mundo! Olha a conta de luz!!
  • Não fica lendo na privada, que vai te dar hemorróidas!
Meu pai me repetia sempre, que nem praga: “Você vai ter os seus filhos e vai saber exatamente o que estou falando!”  Hoje me pego falando exatamente isso pra os meus...
                                                                              (Else Portilho - mãe da Talita e do Tariq)

sábado, 14 de janeiro de 2012

Até de madrugada? Não deixo mesmo!

Eu sempre pensei em criar os meus filhos de maneira diferente da que fui criada, pois a minha mãe sempre foi muito brava, mais que isso, muito nervosa, ela falava e a gente simplesmente tinha que obedecer, não tinha direito à explicação, somente escutar e não responder nada. Era um autoritarismo acompanhado de muito drama, fora do normal e isso nos deixava com muito medo dela.  Foi muito difícil, mas hoje eu a entendo, de certa forma, pois criar sete filhos não foi brincadeira!

Tentando acertar em relação à educação dos meus filhos, cometi muitos erros, dos quais me arrependo, mas sei que alcancei vitórias, porque sempre foram elogiados em relação ao comportamento na escola. Nunca me deram trabalho, são responsáveis, se estou trabalhando e vem chuva eles fecham janelas, cuidam de tudo,  não tenho preocupação. Valeu o ensinamento e as muitas vezes em que precisei dizer: “A mamãe já disse que não pode”. Na verdade eu sempre fui a megera, rsrsrsrs  O pai sempre foi bonzinho, mais tranquilo. Um ótimo pai, graças a Deus! Aprendo muito com ele, principalmente nos momentos em que é preciso agir com calma.
Sempre fui muito firme com os “nãos” que achei serem necessários, pois penso que os pais precisam ter consciência da importância de suas atitudes, pois se ora proíbem, ora permitem determinado comportamento, é possível passar para eles uma idéia de falta de coerência.



Em relação ao tema desta semana, “A mamãe já disse que não pode”, a minha luta tem sido com  o Mateus (15 anos), porque quer ficar até tarde jogando vídeo game (XBOX), segundo ele, os amigos que jogam online ficam até tarde, de madrugada mesmo, ele é cheio de argumentos, mas eu não permito, falo sobre a questão da saúde etc. Agora no período de férias até que deixo ficar um pouco mais tarde, mas quando está no período de aulas, não deixo! Aí falo mesmo: “A mamãe já disse que não pode”.
Quando os pais têm autoridade, são capazes de ensinar o que acreditam ser o melhor caminho para os filhos; porém, quando não passam valores concretos, acabam confundindo os pequenos e não conseguem definir o que é realmente correto. Muitas crianças estão acostumadas a achar que só têm direitos e nenhum dever.



A autoridade é indispensável para a construção do caráter e da personalidade dos filhos. Crianças criadas sem consciência de limites se tornam adultos frustrados e infelizes. (Revista Planeta, out 2008)
(Maria José - mãe de Mateus e Elias)

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

O poder construtivo do não

                                                   

                                                     O poder construtivo do não


Como é difícil acreditar que o procedimento de poda é necessário para que a árvore cresça forte e saudável! Quando nos colocamos a cortar aqueles galhos verdes e viçosos, resistimos, como se algum dano estivéssemos causando à planta, como se a estivéssemos machucando. Ao educar as nossas crianças, nos deparamos com situação semelhante. Sabemos que dizer o não é preciso e necessário, mas por vezes o amor é tanto, o desejo de que aquele pequeno seja feliz é tão forte, que cedemos o que não poderíamos ceder, deixamos o que não deveríamos deixar. Só quem é mãe ou pai sabe o quanto exige dizer não para um filho. Por isso precisamos nos armar com a consciência do poder construtivo do não, e do quanto este não que aplicamos na educação dos nossos filhos irá plantar a semente da felicidade que tanto desejamos para o seu futuro. Não se trata, porém, de um não indiscriminado, usado como uma técnica ou uma regra educacional. A pedagogia do não prega a presença e a força como base que fundamenta toda prática educativa. Para que possamos criar nossos filhos saudáveis e fortes, precisamos primeiramente apresentar estas condições em nossas próprias vidas. 
Não podemos mais tomar o caminho mais fácil por mais que as justificativas para tal estejam sempre ao nosso alcance. Nos justificamos pelo excesso de trabalho, pelo pouco tempo que temos com eles. Quantas vezes nos baseamos nestas desculpas para deixar o não de lado e priorizar o sim, quando sabemos que negar é o certo e o melhor que deveríamos fazer.

O texto acima servirá de reflexão para minhas palavras no dia de hoje.
Meu marido é agrônomo e me lembro de algumas vezes questioná-lo quando faz as podas em nossas plantas e árvores em casa ou no sítio.Confesso que as  vezes até cheguei a não concordar com as podas pois achava que elas estava muito perto do chão.E para minha surpresa meses depois lá estavam toda vistosa,s lindas e fortes e é claro que via um olhar para mim como se quisesse dizer--Viu como elas precisavam daquela poda?

Para mim, filhos também são assim - precisam a todo momento de podas para se fortificarem cada dia mais.Confesso que em casa algumas podas são grandes, porém necessárias e coerentes.Tenho ao meu lado um maravilhoso companheiro que me ajuda a todo momento  trabalhar a questão do NÃO. Aqui  o não é não e acabou, pode chorar( o que quase não acontece), ficar brava.
--Mãe , mas todo mundo tem orkut, facebook.
--Aqui em casa não.
--Mãe todas as minhas amigas vão ao shopping sozinhas.
--Aqui em casa não.

Tudo tem seu tempo, é bíblico
Quando elas eram pequenas , nunca tiramos nada do baixo, nenhum enfeite, CDs, elas mexiam, eu ia lá colocava no lugar e falava - não.E confesso que nã precisa repetir muitas vezes isso, pois elas sempre foram muito obedientes.

Hoje em dia o Não precisa ser mais explicado, pois já estão com 13 anos.
Por que não pode usar roupas curtas?Porque a mulher não precisa ficar mostrando seu corpo para as pessoas, não precisa levar o outro a pecar tentando olhar o que não deve.
Por que não pode ter orkut?Porque na regra só depois dos 18 anos e vc vai ter que mentir , pois vc não tem.
E ai vai...

Tentamos educá-las conforme aprendemos na bíblia, o não é não e o sim o sim.Criança não pode ter dúvida do que os pais esperam dela.

Maria Regina, mãe das obedientes(quase sempre) Catarina e Beatriz