quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Todos anseiam ser felizes!

Todos os anos acontece a mesma coisa: as pessoas costumam desejar feliz ano novo, até mesmo para aqueles que não são tão próximos. Muitos se abraçam na passagem do ano e desejam uns para os outros um ano novo cheio de realizações. Esse é o maior e mais desejado sonho da humanidade. Todos anseiam ser felizes! Todos querem saúde, um salário melhor, uma casa, um carro, conforto e paz para toda a família. E assim caminha a humanidade, na esperança de realizar muitos dos seus sonhos.

Todos nós fazemos muitos planos, queremos um mundo melhor, mas uma coisa não podemos esquecer: Nós planejamos, mas a palavra nos diz: "Do homem são as preparações do coração,  mas a resposta certa vem do Senhor" (Pv 16:1). Portanto, se alguém confia ao Senhor o que planeja fazer, seus propósitos de vida se realizarão.

Jesus nos dá a certeza de que estará ao nosso lado em todos os momentos da vida, bons ou ruins, alegres ou tristes, na saúde e na doença.. Ele disse: "... E eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos". (Mt 28:20).

Mesmo que no ano seguinte todos os nossos sonhos não se realizem, o Senhor estará conosco. Ele disse: "Eis que estou contigo e te guardarei por onde quer que fores". (Gn 28:15). Como é bom poder contar com esse conforto para a nossa vida tão cheia de problemas e conflitos. Somos necessitados, mas o Senhor cuida de nós.

Os desejos do meu coração estão pautados na causa das famílias, gostaria que as pessoas se amassem mais, pois é muito triste ver pessoas tratando com sorrisos os de fora, e os da própria família com arrogância e indiferença. Há muitos pais que não conversam com os filhos, e muitos maridos que não conversam com suas esposas. Onde está o amor? Por onde se perdeu?

Ao pai dos meus filhos, que é a pessoa mais incrível que conheci na minha vida, desejo que Deus continue abençoando ricamente a vida dele. Que possamos continuar firmes, atravessando os nossos desertos, mas com a certeza de que Deus estará conosco sempre!

Aos meus queridos filhos, desejo que continuem sendo esses meninos encantadores,  responsáveis e íntegros, que obedeçam à Palavra de Deus, para que a felicidade seja completa, pois ninguém é feliz de verdade caminhando longe Daquele que é a nossa razão de viver.

Seria maravilhoso se pudéssemos ter um mundo melhor, onde as pessoas se respeitassem mais, e os políticos roubassem menos. Mas enquanto vamos vivendo de esperanças, desejo saúde para todos! Paz para as famílias! E Deus no comando rumo a 2017! No amor de Cristo!
                                                                                                    (Maria José - mãe de Mateus e Elias) 

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

De braços abertos!



À medida em que os anos passam, sinto que esse trajeto é cada vez mais rápido: parece que  foi ontem a virada do ano e já estamos cá outra vez finalizando um ciclo de 365 dias consecutivos.  A passagem de um ano a outro é celebrada com alegria e esperança, renovação de objetivos  e grandes reflexões sobre o que deixou de acontecer ou como deveria ter sido feito.  Acreditamos que outra chance nos é oferecida e dela faremos o que nos convém; as alterações dependem, principalmente, do rumo que daremos aos fatos e também de como reagiremos diante de inevitáveis situações proporcionadas por outrem.

Incrível como um simples “Sim” ou um “Não” têm a força para definir nosso destino e dar aquele impulso que faltava: tanto para subirmos mais um degrau, quanto para despencarmos até o zero. Não creio que alguém, em sua sã consciência, prefira a 2ª opção. Nossa fome e sede de luta buscam vitórias e não derrotas, afinal quem não prefere os regozijos às lamúrias? (Ah, se nossa bola de cristal não tivesse visão limitada...!

Demos o “sim” à maternidade; à profissão; às amizades, aos elementos básicos que  norteiam nossa sobrevivência; a tudo que, de alguma forma,  nos apetece.  Usamos o “não”, geralmente, quando o favorecido é o outro, porque não desejamos eliminar as oportunidades a que temos direito e muito menos permitir que alguém nos prejudique.

Entretanto, nem tudo depende desses monossílabos adverbiais. E a partir da incerteza trazida pelo futuro, buscamos  apoio e patrocínio com o Ser Superior, o Criador de todas as coisas,  Aquele que tudo pode, pois somos pequenas células em constante fase de evolução e amadurecimento e acreditamos ser dignos dos itens que, possivelmente, podem constar em uma suposta  modesta lista de solicitações:

Pedimos saúde, mas ingerimos alimentos inadequados; 
coragem, mas reclamamos de levantar cedo ou de ter que trabalhar; 
força, mas desistimos quando esbarramos nos obstáculos;
 , mas geralmente só lembramos de  Deus nos momentos difíceis;
caridade, mas os olhos estão voltados ao próprio umbigo;
sabedoria, mas não aprendemos com os erros;
discernimento, mas agimos por impulso;
felicidade, mas vivemos em função do que não temos e esquecemos as dádivas;
 vida longa, mas perdemos muito tempo  à toa;
tempo bom, mas  reclamamos  do sol e da chuva;
 paz, mas  insultamos, gritamos, até agredimos e não consideramos os argumentos alheios;
otimismo, mas enfatizamos mais as perdas que os ganhos; 
alegria, mas facilmente ficamos de mau humor.
paciência, mas não sabemos esperar;
amor, mas nem sempre valorizamos quem está próximo;
esperança, mas dificultamos as possibilidades de mudanças...
outros...

É tão fácil pedir, já que Ele tem o poder. Porém, hoje, a gratidão  predomina e direciona as palavras. Ao invés de listar algumas solicitações, quero realçar que sou grata a Deus por acompanhar e  me atender nessas (mais de) cinco décadas e permitir que eu construa a minha história linda, a partir das lembranças do passado, da valorização do presente e confiança  no futuro. Que venha 2017!! Receberemos de braços abertos!!
.           

                                      (Zizi Cassemiro – mãe do Danilo e da Patrícia; avó do Gabriel e do Johnny)

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Que nosso 2017 seja...


Nunca fui uma pessoa de fazer muitos planos nem de fazer muitos pedidos, de seguir alguns rituais na virada. O máximo que eu fazia era ir ver a virada na praia, com roupa nova. Com a crise, passei a usar apenas uma calcinha nova, tentando acreditar naquele lance de cores e suas simbologias. Passei muitos anos seguidos usando vermelho, para atrair paixão... Não vi funcionar, sinceramente. (risos) Aí resolvi pular para a branca, para trazer paz, que nunca veio, nem para mim e nem para o mundo; sinal de que tais pedidos também estavam falhando. Usei o verde, de esperança, e acho que tudo desbotou, devido às tantas porradas... Parei de ir à praia e passei a ficar em casa... a dormir cedo e pelada, nada de calcinha nova... Tudo a mesma coisa, mas agora sem nenhuma expectativa!

Depois que o Miguel chegou, cada vez menos o ritual fez sentido. Basta a gente passar juntos. Eu, ele e minha mãe. Pode ser até mesmo dormindo, cada um na sua cama, mas sob o mesmo teto. Aí que percebi que talvez Deus não tenha nunca atendido o meu pedido porque eu nunca sabia ao certo o que pedir. Acho que, no fundo, nunca pedi verdadeiramente nada. Confio Nele e sei que sempre me dá bem mais do que eu mereço, supre as minhas necessidades reais e me confirma que nada vale mais a pena do que estar junto daqueles que amamos!

Dia desses li uma frase curiosa no Facebook, que dizia que a pessoa só esperava uma coisa de 2017: se recuperar de 2016. Juro que queria o mesmo, porém, nem me iludo, pois sei bem que virá aí um ano ainda mais complicado, então eu peço a Deus apenas muuuuuuita paciência, muuuuuuuita garra e muuuuuuuuuuita fé para enfrentarmos todo e qualquer obstáculo.

A grande verdade é que a gente reclama, muitas vezes de barriga cheia... acaba se apegando às dificuldades e deixa de ver a quantidade de livramentos, diários, vindos desse nosso Deus amoroso e misericordioso. A gente acaba aderindo às comparações, vendo que a vida de fulano está uma maravilha (na nossa ótica) e nada lhe parece faltar (e às vezes falta o mais importante) enquanto a nossa está um calvário só! A gente evita olhar a vida de quem tem tão menos que a gente e que, mesmo assim, sorri, agradecendo a Deus por mais um dia vivido!

Então peço para mim e para minha família o mesmo que peço para todas as pessoas do mundo: saúde, compreensão, paz, fé, amor ao próximo e a Deus. Quem tem tudo isso não terá nunca coragem de ferir, de magoar, de humilhar, de roubar, de matar, de caluniar, de fazer nada de mal, enfim...

Em 2017 eu só queria, se pudesse, sorrir mais do que chorar... ao lado do meu filho... Só isso! 

(Andreia Dequinha - a mamãe esperançosa do Miguel)

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Pedido sem direito a dizer NÃO...

Não sou muito de fazer pedido, nem no final de ano, mas já fiz dois, duas únicas vezes na minha vida, então acho que tenho crédito, não é verdade?!? (risos)

O primeiro pedido foi para Deus, para me dar mais tempo ao lado de minha mãe quando ela foi desenganada pelos médicos e Ele me atendeu: permitiu que ela, dos 10 anos dados pelos médicos, vivesse mais 20 e poucos... Grata demais por isso! 

O segundo foi quando minha afilhada perdeu  a visão, aí não deu para Ele fazê-la enxergar, mas a permitiu usar os outros sentidos dados por ele, então ela aprendeu a viver com uma vista somente! Reaprendeu a andar de bicicleta, sonha em ter sua carteira de motorista e por aí vai, então Deus também, de certa forma, me atendeu, nos mostrou que temos duas vistas para que, caso falte uma, possamos sobreviver.

O meu pedido este ano era que meu pequeno viesse a falar, mas que, caso eu tenha esse meu pedido negado, que o Senhor Jesus me ensine a lidar com as dificuldades dele, que as pessoas sejam compreensivas com ele e comigo, que nos amem somente, não nos façam críticas destrutivas, que nos ajudem a caminhar, e que Ele me permita ficar bastante tempo ao lado delezinho, para que ninguém venha a judiar dele.

Sei que 2017 será um ano diferente, com mais amor, afinal, o Gustavo existe! Quer amor maior que esse (pelo menos para mim é)?!? Vamos superar cada dia, cada  obstáculo e vamos chegar ao final do ano comemorando muitas conquistas... Eu creio!!! 

Feliz Ano Novo a todos!!!
(Elizabeth - mãe pidona mesmo do anjo Luis Gustavo)

domingo, 25 de dezembro de 2016

O melhor Natal é estar com a família


O Natal é para mim
Um momento de união
Junto com toda a família
Em corrente de oração
Que resulta em sintonia
Com  paz, amor e alegria
Nessa comemoração.

Aprendi com os meus pais que o Natal é uma data muito importante, pois é dedicada ao nascimento de Jesus, Aquele enviado por Deus com a missão de semear  o verdadeiro amor  no dia-a-dia das pessoas e fortalecer a fé e a esperança em um mundo embebido pelo desengano. 

Como o acesso ao exacerbado mundo do consumismo era bem reduzido, os presentes recebidos nesta data ampliavam a nossa alegria e expectativa. Não havia extravagância nem prestações a perder de vista;  contentávamos e vibrávamos com os presentes encontrados ao lado dos chinelos. Aquilo já era uma festa aos nossos olhos!

Não foi difícil passar esses valores aos meus filhos, desde pequenos os levava à igreja e, assim,  participaram dos eventos tradicionais: missas, batismo, coroação,  primeira comunhão, etc.  Quanto ao mundo das extravagâncias e gastos, houve um leve progresso em relação ao passado mais distante, visto que agora  as condições financeiras permitiam uma ceia mais incrementada, uma árvore decorada, presentes,  novas roupas e sapatos, mais conforto, algumas prendas  a mais, doces variados dentro da sacolinha de Natal,  enfim...

Danilo e Patrícia, quando crianças,  aguardavam ansiosos pelo dia do Natal e aproveitavam da melhor forma  tudo o que lhes era de direito. Por outro lado,  ficavam intrigados com aquela história de um  homem idoso e gordinho vestido com roupas vermelhas carregando um saco cheio de brinquedos que entrava sorrateiramente nas casas e presenteava as crianças durante o sono delas. Como toda história mal contada, eles queriam tirar isso a limpo e tentaram ficar  de plantão para presenciar a chegada do Papai Noel. Uma vez combinaram de fazer uma armadilha para “pegar” o tal velhinho. Entretanto, um passarinho contou-lhe o plano dos pequenos  e, felizmente, nosso ícone secreto não foi desmascarado.

Durante vários anos nosso Natal foi mais colorido porque contava com a presença de todos os membros da família, sobretudo os avós maternos e os paternos  que hoje, saudosamente,  não se encontram mais ao nosso lado para as conversas jogadas fora, as piadas com direito às gargalhadas sem limites, os cafunés na rede, os ensinamentos através dos exemplos, as super-dicas na cozinha, os duradouros abraços e beijos, as hilárias filmagens, as intermináveis fotos...

As mudanças são inevitáveis e, embora nunca estejamos preparados totalmente, a vida não dá alternativa a não ser acostumar com as ausências e aproveitar as novas chegadas que são muito bem-vindas e que, realmente, dão um novo sentido ao universo construído a partir das emoções.

Novamente chega a esperada data: há muita agitação nas casas, nas ruas, nas lojas por conta do Natal, todos parecem correr contra o tempo;  no entanto o verdadeiro homenageado não precisa de prendas, nem de banquetes, nem de decorações luminosas, Ele quer um abrigo em nosso coração para instalar o seu Amor e celebrar,  em cada um,  o aniversário da existência!

                                           (Zizi Cassemiro, mãe do Danilo e da Patrícia; avó do Gabriel e do Johnny)

sábado, 24 de dezembro de 2016

Os Natais mais divertidos de nossas vidas!


É dessa forma que passamos quase todos os Natais de nossas vidas: na estrada. Escolhemos a noite de Natal para viajar porque é mais tranquilo. Os hotéis estão vazios, porque todos já chegaram a tempo para o Natal com suas famílias. Sempre optamos por viajar exatamente nesta data. Mas, mesmo na estrada, tivemos lindas experiências, o que, para nós, foram Natais mais que especiais, só pelo fato de estarmos todos juntinhos! Infelizmente o deste ano vai ser diferente, já que não viajaremos na noite de Natal.

Possivelmente algumas pessoas ficarão decepcionadas com o meu texto, mas com relação ao Natal eu sempre achei que fantasiar pode até ser bom, mas nunca achei legal que as crianças crescessem enganadas, pensando que Papai Noel existe. Sei que é uma questão cultural e que se não entrarmos no clima vamos parecer antissociais, mas nunca dei a menor importância para isso, porque vejo o Natal apenas como puro comércio, as pessoas gastando um dinheiro que não têm, comprando futilidades e dizendo que foi presente de Papai Noel.

Eu nunca entrei nessa, nunca montei uma árvore de Natal. Cresci sabendo que Papai Noel não existe e transmiti isso aos meus filhos. Eles cresceram acreditando em Papai do Céu, não em Papai Noel. Preferi criá-los sem essa "mentirinha".

Mostramos para eles que o Natal é um momento para reflexão, para se pensar verdadeiramente no grande presente de Deus para as nossas vidas, que é o Salvador Jesus Cristo! "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz". (Is 9:6)

Vemos ao longo da história dos Natais que as pessoas se divertem na noite de Natal, pensam em tudo, na ceia, na árvore, no Papai Noel, mas esquecem o principal: o aniversariante! Ahhh se todas as pessoas dessem ouvidos ao que Lucas relatou, sobre o que o anjo anunciou: "...Eis que vos trago novas de grande alegria que será para todo o povo; Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo o Senhor". (Lc 2: 10-11)

É dessa forma que sinto a importância do Natal. Meu desejo de Feliz Natal é um abraço apertado, acompanhado da alegria de ter Cristo como nosso maior e mais significativo presente. Só Ele é digno de todo louvor. Gostaríamos muito que a humanidade enxergasse Cristo como o nosso eterno redentor, mas infelizmente os brilhos natalinos são mais importantes. Não fiquem chocados comigo, mas é exatamente assim que eu vejo o Natal.

                                                                   (Maria José - mãe dos divertidos e realistas Mateus e Elias)

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Meu karateca laranjinha!


Outra invasão minha aqui no blog, e novamente, claro, para registrar e compartilhar mais uma alegria vinda do meu príncipe karateca Miguel, já que ontem ele foi fazer mais um exame de faixa (o segundo de sua vida) e em vez de passar de amarelo à vermelha, pulou esta e agora é faixa LARANJA! 

Muito legal ver que ele já superou a fase de desânimo e de preguiça com relação ao karatê e que agora recuperou o entusiasmo inicial. Um ano e meio se dedicando a essa arte marcial e aprendendo muitas coisas além dos golpes e dos katás: disciplina, equilíbrio, concentração, respeito, defesa... 

Fico surpresa quando vejo alguém falar que as artes marciais incitam a violência ou que tornam as crianças mais agressivas, pois o que eu vejo é exatamente o contrário. Tudo bem que Miguel nunca teve o hábito de morder nem de bater em ninguém, graças a Deus, pois como acho feio! Ele nunca foi de fazer pirraça na rua porque não queria vir embora ou por conta de algo que eu não pude ou não quis dar. Sempre falei que não queria que batesse em nenhum coleguinha e, quando ele apanhava e eu o mandava revidar, sempre me lembrava de que eu falei para ele nunca bater em ninguém! Em vez de se meter em confusões, pelo menos até hoje, ele sempre foi de tentar apaziguar...

No karatê com o sensei Fernando (que se tornou um amigo!), ele aprende que tem que usar muito mais técnica do que força; que é defesa e não ataque... e fora todos os momentos lúdicos, de diversão, sem nunca se esquecer de que ele é, acima de tudo, CRIANÇA! As cobranças são na medida certa e participar das competições também fica por conta apenas da vontade delezinho. Guardamos com orgulho cada certificado e cada medalha já conquistada! Tento registrar cada momento dessa caminhada e que ele possa explorar cada cor... até chegar à faixa preta, se assim ele desejar! Que deseje! Terá sempre na plateia uma mamãe orgulhosa, cuja baba é capaz de encher vááááários baldes! 

E a tudo isso pode somar também a quantidade de amizades conquistadas... Muitos amigos graças ao Karatê! Uns novos e uns antigos, de várias idades, uns próximos e outros mais distantes, e tanta troca, tanta união! 

Parabéns, filho, por tão novinho já saber, dentro do possível, levar as coisas a sério, por se dedicar, por gravar tantos nomes esquisitos e sequência de movimentos que deixa a mamãe surpresa! (risos) Parabéns, sensei Fernando Fortunato, por você ser esse exemplo não só de professor, mas também de ser humano! 

(Andreia Dequinha - mamãe orgulhosa do agora faixa laranja Miguel)

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Presente de Natal que nunca terminarei de desembrulhar

Essas datas de final de ano me trazem muitas saudades...

O neto sonhado e desejado pelos meus pais chegou, mas eles não estão mais aqui...

Ainda não montei a árvore de Natal, ainda não vejo sentido em fazer isso... Claro que desejo que meu filho tenha a magia e o encantamento desta data, só que ainda não o levei pra ver o Papai Noel... Minha sorte foi que ele passou aqui na rua, tão rápido e dando bala, mas foi tão bonitinho vê-lo acenando para o bom velhinho! Porém, nem assim me animei com as tranqueiras natalinas! 

Seria maravilhoso ter meus pais aqui curtindo, por certo já teríamos a árvore montada, pisca-piscas na varanda, vários enfeites para o pequeno se divertir (porque a vovó era doidinha por isso)!

Mas, como já disse, ele é o meu melhor presente de Natal, de vida, de tudo, e jamais vou terminar de desembrulhar esse menino do sorriso fácil, da alegria sem medidas, dos carinhos que estão surgindo, da proteção que está surgindo também.

Estamos passando por mudanças em nossas vidas e ele parece sabiamente entender, às vezes acho que ele ainda não fala para não me dar esporro... (risos)

Claro que sonhei  que ele tivesse o Natal igual aos meus, com os pais mais amorosos do mundo, cercado pela família carinhosa e presente.... mas ele tem a mãe que se esforça em tentar fazer isso de todas as formas! 

Montarei a árvore com ele já bem próximo ao Natal  (afinal, ele pode pegar as bolas achando que são as "poker-bolas" do Pokemon), aí já viu que não vai sobrar nada... Quer saber?!? Que não sobre nada... (risos)

Acredito que faremos como fizemos até hoje nos dois natais: vamos dormir, juntinhos quem sabe esperando Papai Noel, para ele deixar o nosso presente (sua fala, que teima em se esconder)! Como eu quero, meu Deus, conversar com ele e tê-lo me perguntando sobre todas as coisas, todos os  porquês, mas ainda não veio! Isso dói muito em nós dois (digo isso porque não vejo empenho do pai, já que todos só fazem criticar, dizer que é birrento e tudo mais, me acompanham nas consultas e ainda falam besteiras).

Esse Natal será o primeiro que ele estará na escola e a querida tia Walkíria disse que ele fez várias poses  na árvore! (segredinho: ele não é disso!). Ele terá sua festinha com os colegas da escola e sei que estará feliz! Fico feliz também! 

Ele é o meu pequeno ajudante de Papai Noel... Quem sabe não espalhamos sapatinhos pela janela, não deixaremos lanche para o bom velhinho, não ficaremos espiando pelas frestas das portas para ver se ele vem...?!?

Difícil pensar nessas coisas todas, pois sei que se meus pais estivessem vivos eles até se vestiriam de Papai e Mamãe Noel, e não seria pela quantidade de presentes, mas pelo valor sentimental... tamanho...!!! 

Ceia não teremos pela primeira vez! Acho que será a mais simples e mais feia que já tive... Amo churrasco, mas fui criada com ceia... sinto falta... mas hoje não sou mais dona de minhas vontades... Vejo pessoas sem valores, então para que fazer ceia, né?!? Pra quem são, churrasco está bom... E eu preciso administrar isso tudo em mim... 

(Elizabeth Oliveira (rena velha) –  mãe do Luis Gustavo (ajudante de Noel))

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Esse Natal entrou para a memória!


Nunca fomos de comemorar muito o Natal, mas sempre decorávamos a casa, enfeitávamos a árvore, mamãe fazia ceia, porque papai adorava! E tinha que, claro, ter pudim! (risos) Cresci sendo incentivada a acreditar em Papai Noel e a escrever cartinha para ele. Todo ano eu ganhava alguma coisa, embora nem sempre o que eu pedia e queria tanto! Também nunca me importei com isso, visto que o importante era me sentir sempre lembrada pelo Velho Noel! 

Foi com papai, que eu também criei o hábito de mandar inúmeros cartões de Natal para os amigos e sempre com um calendário personalizado dentro de cada envelope, feito por ele, sempre do jeitinho que eu pedia. Relíquias, ainda mais nos dias de hoje... 

Meu primeiro Natal com o Miguel (ainda dentro da barriga) foi também o primeiro sem meu pai. Uma mistura intensa de sentimentos, de emoções. De lá pra cá, dentre outras coisas, não consigo armar a árvore de Natal sem pensar em papai e esta data não teve mais a mesma graça, o mesmo brilho, a mesma cor, mas sempre tento buscar tudo isso dentro de mim por conta do Miguel, que é criança e precisa! 

Não sei eleger ao certo, sinceramente, que Natal me marcou de forma mais especial, já que todos eles me presentearam com descobertas e emoções bem diferentes! No primeiro, era muito engraçado ver o desconforto do Miguel segurando a barba do Papai Noel, com nojo; no segundo, foi maravilhoso ver o encantamento dele olhando para as bolas coloridas da árvore e o brilho das luzes que piscavam e ele piscava junto! No terceiro, ele ainda participou da apresentação da escola e foi um Noel muito lindo, simpático e charmoso! No quarto, apresentei a ele o presépio e desde então o Papai Noel passou o cargo de protagonista para o menino Jesus! Do quinto em diante, já me perdi nas datas (sempre fui péssima nisso. confesso!), mas me lembro de dois momentos mais especiais do que todos os especiais, que aqui destaco:

Um foi quando o Miguel queria uma "biciqueta" e curiosamente o Papai Noel atendeu ao seu pedido. Deixou a bike embrulhadinha na varanda, junto com outros presentinhos! "Esqueceu" ainda a touca, que meu filho guardou com muito carinho, na esperança de um dia poder devolver. Choro toda vez que me lembro disso, porque a pureza e a inocência das crianças é algo comovente, mágico, invejável...

O segundo, eu me lembro de estar muito deprimida nesta época e fui presenteada por meu "Menino Noel" com um desenho muito significativo e amoroso, em que eu e ele estávamos sorrindo, radiantes, comemorando o aniversário de Jesus! Neste instante, percebi que nada no mundo tinha o direito de me roubar o sorriso e a alegria que é ter meu filho ao meu lado! 

Então, todo Natal, eu meio que morro (repleta de saudades que apertam ainda mais do que o dia dos pais) e renasço (repleta de alegria e gratidão por ter meu filho comigo por mais um ano). Às vezes choro mais do que sorrio... às vezes sorrio mais do que choro... Às vezes meu coração sangra mais por quem já se foi... às vezes ele dança mais por quem por aqui está... e sempre eu busco o entendimento de tudo, ainda que nada eu consiga, de fato, entender. Então eu sinto... e que isso um dia me baste! 

(Andreia Dequinha - a mamãe do Miguel e que ainda continua acreditando em Papai Noel)

sábado, 17 de dezembro de 2016

Meu bebê alfabetizado e letrado!


Hoje foi a formatura da Alfabetização do meu filhote e que emocionante foi cada momento! Tudo perfeito... rico... em cada detalhe... e um oásis no meio de um deserto em que se transformou, especialmente este ano, a Educação pública municipal daqui de Cabo Frio, graças a um prefeito tirano, irresponsável e incompetente, dentre tantos outros adjetivos. Todo esse caos muito me entristece, mas não serei hipócrita de não me alegrar pelas vitórias do meu filho nem deixarei de comemorar cada uma delas!

Impossível não me emocionar ao ver todos de beca, arrumadinhos, enfileirados, e ainda ver cada um deles sendo chamado pelo nome todo e entrando na igreja onde foi a cerimônia. Impossível segurar as lágrimas quando chegou a vez do meu fofucho entrar, todo confiante, espontâneo, fazendo até o sinal de positivo quando passou pelo pai, que com ele mexeu e, logo em seguida, sorrir na minha direção depois do meu nada formal "urrúúú!" de uma mãe bagunceira. (risos)

Impossível não chorar com quatro crianças lindas lendo lá na frente e mais ainda quando veio a quinta e era ele, lindo, lendo a parte do agradecimento aos professores, depois de a escola ter falado sobre mim e sobre o pai dele, ambos professores, esse carinho à parte! Assim o coração não aguenta! Surpresas lindas que fazem tão bem à nossa alma sempre tão sofrida... 

Impossível não me emocionar com todos eles cantando "Brasil: o país das águas" e ver como pareciam levar a sério cada palavra que diziam, fazendo brotar em nós a esperança de que vem aí uma geração muito digna e consciente, que ama o país... Que venha aí, graças a eles, um novo mundo mesmo, beeeeem melhor! Eu creio! 

Impossível não chorar com o jogral com uma poesia "Falando de livros", da linda escritora Roseana Murray, e eles todos seguros de si, bem ensaiadinhos! Melhor ainda saber que teoria e prática ali andam juntas, pois eles não falam só de livros, eles gostam de ler. Alfabetizados e letrados -- dupla alegria! 

Impossível não me emocionar com a noite de autógrafos, com o livrinho lindo que foi feito por cada um, e como é lindo valorizar ali o que infelizmente todos os políticos tanto desvalorizam: a Educação. Só ela é capaz de nos tirar do caos... da pobreza (de todas elas)... E acho que essas primeiras lições (de várias) eles entenderam e muito bem!

Impossível não chorar ao ver a animação de todos eles, principalmente do Miguel, dançando na música que fechou esta data tão importante! Escola é um lugar de aprender, de ensinar, de fazer amigos, de ler, de escrever, de tornar leitor e de brincar! Parabéns à Escola Municipal do Braga e a TODOS que fazem parte dela pelo trabalho lindo, sério, competente e regado ao lúdico, salvador, que faz toda a diferença nesta fase! Sou fã! Especialmente da tia Val Costa, uma querida parceira, que cativou a mãe, o filho, a vó... todos aqui! 

Parabéns, filhote! A mamãe ama você e tem muito orgulho! Que você leia sempre... escreva... ganhe todos esses mundos...  são seus... todos eles...

(Andreia Dequinha - a mamãe orgulhosa do alfabetizado e letrado Miguelito)

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Desde a meninice conhecem as sagradas letras!


Ao longo de toda a Escritura, a família é considerada o canal mais importante de ensino moral e prático das crianças. Porque a palavra diz: "E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração e as intimarás a teus filhos e delas falarão assentado em tua casa, e andando pelo caminho e deitando-se e levantando-se". (Dt 6: 6-7) Com isso, Deus enfatizou a importância da instrução dos pais para os filhos. Ele confiou aos pais o repasse de suas instruções às gerações posteriores. Ele disse a Abraão: "Porque eu o escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa, a fim de que guardem o caminho do Senhor e pratique a justiça". (Gn 18:19)

Foi isso que sempre tentamos fazer com os nossos filhos: ensiná-los o caminho do Senhor. Quando eles  nasceram, já frequentávamos uma denominação evangélica. (Não vou falar de religião) O pai deles é evangélico desde o nascimento e eu há mais ou menos 27 anos. Até hoje somos ativos, frequentamos a igreja todos os fins de semana. Por isso eles cresceram ouvindo a palavra de Deus, iam à escolinha dominical das crianças, e, com o tempo, foram para a classe dos adolescentes, depois dos  jovens, e agora para a de adultos.

Desde bem pequenos, aprenderam a orar e conheceram muitas histórias da Bíblia. Eu comprava muitos livrinhos dos heróis bíblicos, lia para eles e, com isso conheceram muito bem a vida de Abraão, Isaque, Jacó, Noé, José, Moisés, Elias, Sansão, Davi, Daniel, Jonas, e muitos outros, além do pessoal do Novo Testamento, a começar por Jesus, Pedro, Paulo, Ananias, Safira, Nicodemos, Zaqueu, João, e muitos outros. Se perguntarem alguma coisa sobre a história de vida de cada um deles, eles sabem responder, pois "Desde a meninice conhecem as sagradas letras que podem torná-los sábios para a salvação, pela fé em Cristo". Essas são as palavras do apóstolo Paulo ao jovem Timóteo, em II Tm 3:15.

Sempre foram ensinados a conhecerem a vontade de Deus, a serem pessoas do bem, a respeitar as pessoas em todas as situações, a serem pessoas responsáveis, porque a palavra diz que "Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça" (II Tm 3:16). Por isso, acredito que a relação com Papai do céu sempre  foi construída com muita intimidade e verdade.

Foram ensinados conforme as Escrituras sagradas, mas cada um deles é livre para seguir como quiser, não são obrigados, apenas ensinados. O Mateus já é batizado, mas o Elias ainda não. Creio no que diz a palavra de Deus: "Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu". (Ec 3:1) 

É evidente que desejo para eles uma vida de crescimento em relação à palavra de Deus, para que realmente conheçam a verdadeira felicidade, que possam construir uma família e que  queiram repassar aos seus filhos tudo de tão precioso que aprenderam no decorrer da vida deles.
           

                                                                                                    (Maria José -  mãe de Mateus e Elias)

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Coisas que nos ligam ao Papai do Céu...


Antes mesmo de o Miguel nascer, comprei para ele a "Bíblia do Bebê" e foi um dos primeiros livrinhos que ele folheou, sempre interessado nos animais, na Arca de Noé e naquele "moço barbudo e cabeludo que usava saia", que, mais tarde, soube que se chamava Jesus ao conhecer a sua história, desde o seu nascimento até a sua morte na cruz, por nós, e depois a sua ressurreição (palavra que sempre se embolava para falar!).

Depois foram chegando outros livrinhos ligados a essa temática: "Bíblia para crianças", "Jesus para crianças" "Histórias bíblicas em quebra-cabeças", "53 histórias de Jesus", os livrinhos de orações, aqueles livrinhos finos com a história de cada personagem bíblico, livrinhos do Smilinguido... e ainda ganhou mais dois lindos: "Bíblia Sagrada" da Turminha da Graça, presente da tia Sandra Vitezi, e "Bíblia Ilustrada Infantil", presente da tia Rosa Corrêa. Também ganhou da tia Iria um ursinho que usava pijama amarelo e que falava o Pai Nosso antes de dormir... e ele, claro, feito um adorável papagaio de pirata, repetia, embora meio atrapalhado, tão pequenininho ainda era. 

Por eu já estar há tempos afastada da igreja católica, ele não foi batizado, mas foi "apresentado ao Senhor" em uma igreja que eu e o pai frequentávamos na época, de amigos muito queridos! Nem sabia ao certo do que se tratava e, pra ser sincera, nem eu. Fiz mais por desejo do pai, já que sou meio avessa a certas convenções, ainda mais quando não acho cabível "apresentar ao Senhor" quem ele conheceu antes mesmo de mim, no ventre, ou até antes! Enfim... 

Miguel também adorava assistir a alguns DVDs religiosos, dentre eles os da Aline Barros, e como a gente gostava de pular cantando "Por isso eu pulo, pulo, pulo, pulo, pulo, na presença do Rei", dentre tantas outras! E também frequentávamos o CEI, do querido Pastor Fabrício, todo domingo: eu ficava no culto, e elezinho na salinha das crianças! Época boa, da qual confesso sentir falta, mas a preguiça de ir a pé com elezinho para mais longe ainda (a igreja se mudou) fala mais alto, infelizmente. Além disso, Miguel também adora ver uns vídeos em um aplicativo que ele mesmo baixou, no tablet...

Dia desses, fiquei feliz e emocionada porque o ouvi conversando com um coleguinha e explicando que Natal não é só Papai Noel e presente... é o aniversário de Jesus! É o que tento passar para ele, diariamente, independente de religião. Papai do Céu é amor, é compreensão, é amizade, é a gente ter carinho e respeito pelo próximo, por mais que ele seja diferente da gente, por mais que ele nos decepcione ou nos magoe em algum momento. 

Infelizmente preciso romper as amarras da preguiça e voltar para a igreja, pois sei que isso me faz falta e também ao Miguel. Bom você ter um horário para orar, louvar, se reunir... além daqueles momentos pessoais, como conversar com Deus antes de dormir. Eu e o Miguel costumávamos fazer isso, mas também preciso me policiar mais, por ser um hábito que tem ficado, até mesmo pela correria e pelo cansaço, ficado pra trás. Não pode ficar, não pode... eu sei... e pretendo dar um jeito nisso, de nos aproximarmos mais e mais do nosso amado Papai do Céu, pois sem Ele nada somos. Nada! 

(Andreia Dequinha - a mamãe que às vezes ora junto com o Miguel)

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Papai do Céu


Estou sempre falando de Papai do Céu para o meu pequeno, o que, a meu ver, tem que tentar sempre ser divertido, porque Deus é amor é alegria! Falamos muito, sempre rezamos, oramos, rimos com Papai do Céu, quando vou falando ele vai rindo, passando a mão no meu rosto, e eu sinceramente espero que ele esteja entendendo o que falo! 

Eu acredito que antes de mim, ele já conheceu Deus, então falo sempre assim: Você se lembra de Deus... Ele falava com você antes de você vir para a mamãe... Ele emprestou você para mim aqui na terra, para você me trazer alegria e ser muito feliz ao meu lado! 

Tento, na medida do possível, falar e ensinar coisas de Deus, ouvimos louvores e ele gosta, só não frequentamos igreja, mas sempre estamos em contato... buscando... E assim quero levar com ele até onde Ele permitir!

(Elizabeth Oliveira - mãe do Luís Gustavo)

sábado, 10 de dezembro de 2016

Travessuras atemporais


Importadas da infância para o mundo adulto, as maluquices e/ou travessuras têm comigo uma intrínseca relação de cumplicidade e companheirismo, comprovados em situações variadas que marcam a esticada linha do tempo,  fracionadas em: infância, adolescência e adulta.

Em uma das extremidades, uma menina vestida como palhaça, improvisa uma encenação e atrai curiosos que se aglomeram na janela e, às gargalhadas, se divertem ao assistir àquela caracterização hilária de imitações, contações de histórias, e outras birutices.  De certa forma, era um tipo de diversão que  dissolvia, por alguns minutos,  o tédio morno  do anoitecer  da pequena e singela vila,  localizada em um ponto quase esquecido de uma certa região bem calorosa...

Como adolescente, não perdeu o bom humor e o gostar de fazer graça para provocar risos, principalmente nos familiares e amigos. Aquela tímida garota descobrira  um jeito mais leve de lidar com as complicações que surgiam a cada dia,  sem  esvaziar o pote da  insanidade (Em outras palavras,   sou uma louca de bom juízo).

O mundo adulto trouxe-me a maior das missões: a maternidade,  representada por duas figurinhas encantadoras (Danilo e Patrícia) que se tornaram meus brinquedos favoritos.  Lembro-me que, quando criança, um dos meus maiores  sonhos no Natal era ganhar uma boneca que falava e andava, porém naquela época,  as nossas condições financeiras não permitiam tal aquisição. Entretanto, Deus, na sua vasta sabedoria,  atendeu-me anos depois com duas maravilhosas bênçãos que,  além de falar e andar, permitiram-me vivenciar as mais aprazíveis aventuras maternas.

Os quilos a mais na gravidez nunca tiraram o meu ritmo acelerado e boa disposição: andava de bicicleta, subia em muros, corria, contava piadas... continuava a ligeirinha de sempre, embora mais rechonchuda. Quando nasceram os rebentos, encarei a função com bom humor e leves pitadas lúdicas. Meus filhos, em minhas mãos,  pareciam brinquedos:  petecas jogadas para cima;   bonecos  segurados  de cabeça para baixo ou girados como pião; fazia o papel de trator e rolava por cima deles (com os devidos cuidados para não os machucar, claro!); brincava de cavalinho pela casa;  gostava também de equilibrá-los em meu joelho;  apostava corrida e permitia que ganhassem de mim;  carregava-os no pescoço;   outras vezes, fingia que ia embora e me escondia para ver a reação deles. Tudo era válido como entretenimento, até absurdos como gincanas de peidos ou arrotos eu propunha e , nesta virtuosa  categoria, eu era invencível.

Quem conhece o meu lado sério e comprometido com as atribuições,  até duvida de que eu seja capaz de protagonizar cenas dessa natureza, porém, afirmo com propriedade, que tanto o riso quanto o siso compõem a minha essência e, em fragmentos pertinentes atuam, reagindo coerentes às situações. (Não esquecendo de que um dos itens é mais predominante).

Sou brincalhona, arteira, travessa e meio maluca, sim senhor!  E admito que as peraltices dos meus filhos,  já descritas em tantos textos,  não aconteceram por acaso: como bons discípulos, observaram  “meu  comportamento exemplar” e o absorveram, acrescentando-lhe peculiaridades.

Portanto, a travessura é bem-vinda, não escolhe lugar nem hora, simplesmente acontece e torna mais feliz aquele(a) que a pratica sem cerimônia. Não há preço para a sensação de liberdade e o descompromisso com preceitos inúteis. A preocupação com a opinião alheia poda o livre arbítrio e engessa a criatividade. Por mais séria que se leve a vida, é fundamental que se abra espaço para a descontração; isso traz leveza e renova as energias, além de divertir, lógico. Por acaso existe limitação às aptidões inatas? Como autêntica louca de bom juízo,  desconheço e/ou ignoro...


(Zizi Cassemiro - mãe maluquinha pelos filhos: Danilo e Patrícia e pelos netinhos: Gabriel e Johnny)

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Uma mãe nem um pouco travessa!


De todos os perfis das mães que eu conheço, há aquelas mais brincalhonas, outras mais sérias, existem as mais pacientes, as mais estressadinhas, e as mal humoradas por natureza; estas nunca deveriam  ter tido filhos, mas, entre todos esses perfis, há uma espécie travessa, aventureira, só que não é o meu caso, antes fosse, assim eu teria muita história para contar. (risos)

Eu me encaixo em um perfil mais sério e, diante de determinadas situações, sou aquela mãe dramática. Talvez por isso não me lembre de nenhuma travessura que mereça destaque. Com certeza é porque não fui, de fato, uma mãe travessa! 

As poucas vezes em que me aventurei com eles, morávamos na chácara. Foram alguns momentos de bate-bola, beeeem divertidos, e na meninice deles fazíamos a famosa expressão: "Dançando na chuva", pois tomávamos muito banho de chuva. Aproveitávamos a chuva para correr e pular à vontade. Outra coisa de que gostávamos muito fazer juntos, era subir em árvores! Eu sempre gostei de subir em árvores desde a minha meninice! Como era bom!! Tempos inesquecíveis!

Outras vezes, quando íamos à piscina, represas ou cachoeiras, eu era o trampolim deles, pois subiam no meu ombro, seguravam nas minhas mãos, ficavam de pé e pulavam. Eles faziam um rodízio, até eu não aguentar mais. Era muito divertido!

Mas, dentre tudo isso, a maior aventura da minha vida com eles foi no dia que resolvi ir ao parque de diversões. Fui numa tal de cadeira maluca e quase fiquei maluca de tanto vomitar. Passei uns quatro dias para me livrar das voltas que o mundo deu ao meu redor. Inesquecível! Só mãe mesmo para se prestar a um papel desses! (risos)

Tudo em nome do amor de mãe, pois, por outro motivo, não faria a metade disso. Mas toda mãe tem que ser um pouquinho de cada coisa para que haja harmonia, cumplicidade, afinal, eles são a maior alegria das nossas vidas! Os filhos são herança do Senhor e é só por eles que viramos criança outra vez, nem que seja só por um instante!!

                                                                     (Maria José - mãe dos eternos brincalhões Mateus e Elias)

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Que mamãe travessa, meu Deus!!!

Não me lembro de nenhuma travessura que, de fato, mereça menção! Mas é claro que já tive meus momentos mais levados ao lado do meu filhote, e sempre torcendo para que ele não quisesse me imitar (felizmente, ele demonstra ter muuuuuuito mais juízo do que eu, pelo menos até agora!)

Não sou aquelas mães que viram criança em parque de diversão, pois sempre fui cagona, desde criança, e olho pra cada brinquedo e, em vez de serem convidativos, são assustadores, perigosos! Fico com medo de não terem feito uma boa manutenção ou de nem terem feito uma! E quando eu o levo, fico de longe, aflita, roendo as unhas, atenta a tudo, a cada engrenagem! Maior mico! (risos)

Lembro-me de uma vez que saímos de um baile chato de Carnaval no Tamoyo e fomos dar uma passada pelo Malibu para ver o movimento dos blocos... Paramos na pracinha... lanchamos... ouvimos umas marchinhas que estavam tocando... meus pés estavam acabando comigo e eu precisava sentar um pouco, para aguentar vir para casa! Não tinha um banco livre! Então o jeito foi sentar na grama e... De repente me deu a maior vontade de sair rolando nela... e assim eu fiz! (o fato de já estar em formato de bola é óbvio que facilitou! kkkkkkkkkkkkkk). Minha amiga Mariana e o filho dela, Arthur, se acabaram de rir, e Miguel mais ainda, repetindo a todo instante como a mãe dele era louca! Até hoje, vira e mexe, ele se lembra disso, ri, me zoa... mas já confessou que sentiu vontade de fazer, só não teve coragem! 

Há, ainda, uma outra vez em que eu simplesmente cheguei da escola, à noite, maior calor, peneirava, e eu tirei a minha roupa e, de calcinha, pulei na piscina! Ele ficou doido, ria, dizia que eu era doida, mas... arrancou as roupas também e lá foi ele pra piscina, só de cueca! E a chuva apertando... Neste dia eu senti que ele percebeu que não se precisa, necessariamente, de convenções do tipo "para ir à piscina tem que estar cedo e com sol" ou "pra ir à praia ou à piscina tem que ter sunga e biquíni". Tudo é relativo e é a nossa vontade (só ela) que deve contar! 

Acabei me lembrando também do dia em que fui correndo tentar separar uma briga do meu cachorro com uma gata que entrou aqui em casa... Entre gritos e sangue, quase consegui salvar a gata, porém também quase perdi a minha mão. Travessura que eu falo para ele jamais fazer, mas que, no fundo, como puxou a mim e por adorar bicho, sei que se for preciso ele vai fazer também, apesar de ser beeeem mais medroso do que eu! (risos)

Como na minha época de criança não existia cama elástica, uma vez coloquei uma enorme aqui para ele, no Dia das Crianças, e não resisti: pulei à beça com ele! Altíssimo! Dava até cambalhotas! E ele, claro, contou isso para todos os amiguinhos... como se eu tivesse ido à Lua... feito algo extraordinário... ainda mais no "mundo sério e ajuizado das mães". kkkkkkkkkkkkkkkkk

Minha travessura também permite que ele veja uns filmes de terror comigo, desde bebê, e é ele que me protege! É ela que permite também que a gente vá tomar sorvete mesmo quando a garganta está inflamada, porque pelo menos assim o coração não adoece! Graças a ela que a gente cisma de preparar pastel e ele morre de rir porque eu praticamente arremesso de longe, por puro medo de me queimar (sou assumidamente um desastre na cozinha!). Abro lata de leite condensado para a gente comer quando estamos vendo filme... fazemos brigadeiro... pipoca... inventamos cabaninha feita de lençol para fingir que estamos na mata, acampando... 

Gosto de implicar com ele e saímos correndo pela casa... imitando monstros... derrubando o que vemos pela frente... às vezes também fazemos isso no quintal com os cachorros... Jogo bola na pracinha cheia... brinco de pique... corro que nem uma doida... volto a ser criança... mesmo com o olhar de reprovação de alguns pais, para o qual, sinceramente, eu cago e ando! 

De tudo isso, o mais legal é que o Miguel fica um pouco tímido no começo, mas logo depois passa, não noto nenhuma vergonha nele de eu ser meio louca e de fazer o que me dá vontade, doa em quem doer. Bom saber que, mesmo assim, surtada e meio excêntrica, ele me ama e me aceita como sou! O resto é resto...

(Andreia Dequinha - mamãe maluquinha do príncipe Miguel) 

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Doces ou travessuras

Ahhhh, como gostaria de ser mais travessa, tipo aquela mãe que só faz peraltices!!!

Mas vamos nós, né, minhas travessuras se resumem às guloseimas, às piadas loucas e à bobeira que ainda se torna constante (acho que eu não cresci, credo, pois ainda falo besteiras e fico rindo delas!).

Eu e meu pequeno temos nossos instantes de loucura descabida, de baderna meio organizada, zoamos o plantão. Gostamos de brincar tirando fotos, fazendo "selfies" loucos, gostamos de contar histórias debaixo do edredom e só com a luz do celular ligada, nossas farras no banho pintando as paredes, sentados no chão (o problema sou só eu, que levo séculos para levantar toda essa banha!).

O Gustavo, por ser bastante alegre, mais do que o normal, se diverte com qualquer besteira que eu faça, então esses dias inventamos uma bateria com suas ex-latas de leite e... deu certo! Eram batidas nas latas, piano tocando, apito, palmas e, ao final, claro, o leke de circo bate palma e levanta os braços, agradecendo aos aplausos e à nossa platéia imaginária! (risos)

Bom mesmo é fazer bolo com ele... Pronto! É a cozinha de perna pro ar! Ele logo quer uma vasilha e uma colher para fazer igual, só que os ingredientes dele são os mais loucos possíveis: o último foi Bombril e pregador, e o cara quer colocar isso tudo dentro do forno... Será que ele já viu o Didi, dos Trapalhões, fazendo bolo?!? (risos).

Acho que faz parte da vida de mãe fazer besteiras, brincar sem medida, já que os pais têm pouco tempo (ou não querem dispor dele para os filhos), então só nos resta sermos as super heroínas das suas histórias, com corredores imaginários e com aqueles amigos loucos que aprontam tudo e fazem o errado virar certo.

Jogamos bola sem a mãe (que sou eu perturbar), afinal, se der BO eu estava junto, né?!? Está garantido, pois tenho os dois pés esquerdos e ruins de mira, então a bola vai no teto, mas não acerta o gol feito de chinelos! Já ensinando a ele as manhas da rua... (risos)

Soltamos pipa (só que feita de saco de mercado e no murinho da varanda)... Uai, não conta? Por que não?!? Ele se acaba!!! Depois sentamos e ficamos mexendo com as pessoas da rua, claro que às vezes jogamos umas bolinhas de papel nelas, mas ainda não o ensinei a cuspir (será que devo?!? rs rs rs).

Hoje vejo que Deus acertou no sexo do meu filho, porque sempre fui uma "menina-macho" (como papai falava) e só fazia traquinagem quando pequena... Agora me amarro em passar tudo isso para ele! 

Mesmo manca dos quartos (tipo cão com cinomose), lá vou eu com minha cria, pela casa! Ainda não saímos (pra piorar, ainda adquiri a chamada "Síndrome do Pânico"), mas sobrevivemos, por enquanto, a esse mundo louco e já estamos quebrando as barreiras, pois ele segura forte, bem forte a minha mão e me conduz pela rua. Meu pequeno homenzinho levado...


(Elizabeth Oliveira – mãe moleca do também moleque LG)

domingo, 4 de dezembro de 2016

Nunca, dois iguais, foram tão diferentes!

Que lindo é saber que cada um de nós foi feito à imagem e semelhança de Deus! Que encantador é saber que cada ser em particular é um indivíduo com suas características próprias e que privilégio as mães possuem por aprenderem desde cedo, a lidar com toda essa diversidade! Cada filho possui o seu jeito especial de ser, a sua característica  marcante!

Os meus filhos sempre foram muito parecidos em algumas coisas, e diferentes entre outras. Eu costumo dizer, que um é mais doce, e que o outro chupou limão na maternidade. Porém, os dois têm algumas características em comum. Sempre foram obedientes na mesma medida, sempre foram nota dez em comportamento, até mesmo na infância, nos tempos da escola, nunca me deram trabalho. Só recebi elogios a respeito deles, por isso sempre os considerei diferentes de muitas crianças e adolescentes da idade deles. E o melhor disso tudo, foi ouvir de algumas pessoas: "Esses meninos têm excesso de educação". Muito orgulho deles, por isso!

O Mateus sempre foi diferente do Elias, e de muitas outras crianças, por não apreciar as gostosuras que adoçam a nossa vida, e ainda hoje é assim.  Ele sempre dispensou quase todos os doces do universo. Coisas que toda criança gosta. Eu sempre achei muito prazeroso lamber a restinho do leite condensado, lamber a vasilha do bolo que acabei de colocar na forma, mas  ele nunca fez isso. Também  nunca quis provar o sabor de um doce de leite, de mamão, de coco, de abóbora, entre outros, com exceção de chocolate, pois este, não dispensa de jeito nenhum! Também nunca experimentou  pudim, cural, canjica, tapioca, água de coco e qualquer coisa que contem coco. Eu sempre digo que ele vai morrer sem  provar as gostosuras do universo! (risos). 

Os dois, são meninos bons, cordiais, cumprimentam as pessoas, dão atenção aos idosos, se preocupam em saber se o outro já comeu, são humildes e verdadeiros, porém o Elias se destaca mais,  por ser mais amável comigo, mais doce, mais humilde, me ouve com mais atenção e está sempre bem humorado. Também se destaca,  por sempre tentar se colocar no lugar do outro. Ele se preocupa com a dor dos outros. Há poucos dias, ele se mostrou bastante preocupado com o Mateus, porque os dois estão fazendo uma disciplina da faculdade juntos. (O Mateus já reprovou por  quatro vezes, por não ter  facilidade com cálculo). Quando chegou o dia da prova, o Elias comentou comigo que estava com medo de tirar mais nota do que o Mateus, e ele ficar chateado. Não deu outra, foi exatamente isso  que aconteceu. Mateus tirou três e ele dez. Só que no final, ele acabou tirando onda com o Mateus. Contradição né!?! (risos)

Mas mesmo com as adversidades da vida, é muito gratificante conviver com as características de nossos filhos! Conhecer profundamente cada um deles, saber muitas vezes o que podemos dizer para um, e dizer a mesma coisa, de maneira diferente para o outro, é no mínimo um ato de heroísmo! E saber lidar com tudo isso, é nosso maior conforto! Mas não conseguiríamos todas essas preciosidades se Deus não estivesse dirigindo a nossa vida!
                                                    
                                                                 (Maria José, mãe dos tão iguais e tão diferentes, Mateus e Elias)

sábado, 3 de dezembro de 2016

Preciosidades singulares


Lindos. Inteligentes. Espertos. Perfeitos!  Diante de um olhar materno, a descrição dos  filhos não foge muito desse paradigma, visto que cada um deles é singular dotado de características distintas que o torna tão especial e inconfundível. Não há dúvida de que o amor de mãe é intenso, infinito e desprovido de juízos de valor.

Assim, nutrida de propriedade criadora, ela preenche sua tela com os inigualáveis tons da emoção  e,  com traços subjetivos e abstratos, cautelosamente, delineia a prole e expõe ao mundo a primorosa obra, coerente ao compromisso e dedicação que assumiu ao dizer  sim à maternidade.

Por isso, seria injusto categorizar os relatos maternos. Todos eles representam capítulos de uma existência com relevância voltada mais para o prazer do que mera obrigação. Tais enredos orais e escritos espalham-se pelo mundo real e virtual. São depoimentos legítimos, portanto dignos de respeito,  que exemplificam situações diversas vivenciadas pelas mamães com suas respectivas progênies: esses inspiradores e imensuráveis tesouros.

 Basta uma busca pelos contornos da memória e “zap”, lá está mais um fato cujo perfil permite ao expectador possíveis reações que vão dos aplausos às vaias: emocionante: ”Ohhhh!”;  divertida: Lol!!;  intrigante: “Por quê?”;  curiosa: “Como assim?”; assustadora: “Nossa!!”;  duvidosa: “Será?”;  indiferente: “tsc-tsc-tsc”;  satírica: “Bah” ou “Argh”, etc.  

Para  ilustrar, vamos aos exemplos. O que dizer sobre um bebê que segurou a tesoura médica na hora do parto? Parece absurdo, mas é fato. Danilo nasceu de parto normal (portanto eu estava bem lúcida) e quando saiu daquele casulo aquecido que o manteve por nove meses, foi colocado em uma mesinha ao lado enquanto eu também era atendida para os procedimentos convencionais do pós-parto. Olhei, então,  para aquele serzinho inquieto e vi que ele segurava em uma das mãozinhas uma tesoura médica, provavelmente a mesma que fora utilizada para cortar seu cordão umbilical. O medo que ele se ferisse com aquela ferramenta  acionou o meu instinto materno e soltei um grito imediato: “O bebê está com a tesoura na mão!”. Os médicos nem tinham percebido e, rapidamente, retiraram o instrumento do pequenino traquina.

 Naquele momento já deduzi que aquele menininho iria “pintar o sete” na minha tela. Os dias e anos que sucederam, confirmaram minhas meras suposições: movido pela inquietude,  esperteza, inteligência,  curiosidade e travessura, Danilo praticou arte de A à Z,   cujos detalhes estão descritos em mais de cinquenta textos já elaborados para o “Maternaidade” e que o evidencia como único no seu estilo, pois passou pela infância e adolescência deixando todos “de cabelo em pé”  e encarou o mundo adulto com uma postura inversa: sério (até demais!) e altamente comprometido com suas obrigações profissionais e sociais. (Ufa!!)

Ela, também faz valer ouro a própria existência. Minha Pequena Notável, a Princesa da casa, a Grande Miúda e tantas outras denominações carinhosas atribuídas à Patrícia não são apenas alcunhas oriundas de um coração materno e sim uma forma de gratidão pelo que ela representa em nossa vida.

Em alguns aspectos, Patrícia traçou um caminho oposto ao do irmão. Sua pequena estatura e frágeis proporções físicas disfarçavam a sua coragem e força, escondida nas atitudes e nas palavras. Uma criança  com visão madura da realidade, que já sabia se defender dos parasitas,  utilizando palavras exatas que derrubavam argumentos mal fundamentados. Ficava de olho em tudo e em todos. Alvos do seu sermão: qualquer um! Não escapou nem o irmão, nem o pai, nem o avô (Por motivos justos, lógico!). Preferia conversar e aprender com pessoas idosas, embora tivesse amigos da mesma idade. Em suma, uma adulta no corpo de uma criança.  Pode parecer exagero, mas minha filha NUNCA me deu trabalho em questões de atos inconsequentes  ou  aventuras da idade. Sua característica marcante que me deixou em maus lençóis algumas vezes foi o excesso de franqueza nas palavras proferidas a outrem. Particularidade que se mantém até hoje, embora mais ponderada. Não conheço pessoa mais verdadeira que ela,  ensinou-me, dentre outras coisas, a dizer “NÃO”.

Ele era altamente brincalhão e levado;  ela, séria e madura;  hoje ele se mostra  sério e maduro, totalmente comprometido com as atribuições do mundo adulto;  ela aderiu ao jeito  menina  levada e bem humorada, porém conserva sua maturidade e língua afiada quando a ocasião exige.

Quando achamos que os filhos já povoaram o espaço total do coração e que já vivenciamos todas as emoções possíveis, entra em cena a deliciosa surpresa: os netos. Estes sim completam a obra divina com um colorido diferenciado que somente eles conseguem reproduzir. Antes, como pais: a preocupação em educar e ensinar da melhor maneira; como avós, já “experts” na função,  podem aproveitar melhor o precioso tempo na companhia dessas incríveis bênçãos.

Gabriel, meu neto,  em 2004 veio como uma luz e entrou em minha casa, alterando nossa rotina de forma radical e definitiva. Ele foi capaz de conseguir grandes vitórias, até então, impossíveis para mim. E não precisou pedir, nem implorar NADA. Sua simples presença foi o suficiente. Agradeço a Deus por ele existir e dar sentido aos meus dias. Gabriel, a  dádiva concedida, o companheirinho de todos os momentos e lugares,  o amigo , a alegria, o tudo,  o renascer...

Entretanto, não existe ponto final, as histórias não terminam, dão segmento e nos surpreendem com novos recheios.  Novamente, Deus provou sua grandiosidade e celebrou a esperança com outra vida a caminho:  Johnny.  Um ser abençoado, um milagre que comove  aqueles que conhecem a sua história a qual resumo em poucas palavras: Johnny, com apenas dois meses de gestação, sobreviveu, sem nenhum dano a ele ou a Jackeline (sua mãe), a um grave acidente de carro no qual meu filho sofreu fratura de quatro costelas. A gestação da minha nora caminhou normalmente e no período esperado ele nasceu. É lindo e esperto: possui os traços da mãe e o jeito do pai. Já completou um ano de vida e esbanja graça e beleza nas suas descobertas e nos encanta cada dia mais...

Dessa forma, só me resta concluir que pessoas são singulares, únicas, inconfundíveis. Não dá para compará-las. Todas são preciosas e carregam um diferencial que as tornam muito especiais. Filhos e netos:  que sejam todos bem-vindos:!!  Obrigada, Senhor!!


                                        (Zizi Cassemiro -  mãe do Danilo e da Patrícia; avó do Gabriel e do Johnny)