segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Os testes - meu teste!


Tema suuuuuuuuuuuuper complicado, porque eu sou assumidamente cagona! Se não fosse a minha prima, acho que eu morreria a cada choro, a cada grito do LG, mas... Os únicos testes que eu fiz sozinha com elezinho foi o dos olhos e o dos ouvidos, aí, pronto, a minha cota já se foi! (risos)

O do pezinho, ai, meu Deus, que tortura! Ele todo lindo, trabalhado nas saídas de rua, macacão, etc. Fomos eu e minha fiel escudeira. Chegando lá, cadê que eu entro?! Aff, minha prima foi e eu fiquei do lado de fora! Cada grito dele eu me tremia inteira. Um furinho de nada e um berro sem tamanho, em que o pequeno fez até o número 2  e eu já estava querendo fazer o número 3, de tanto nervoso! (risos) Pronto! Já vi que sou covarde! E desde então em cada fato a minha prima está comigo!

Primeira retirada de sangue, no UPA ainda, quase furei o chão de tanto que andava de um lado para o outro! Eu não posso segurar, sou bruta e desajeitada, tenho medo de quebrar um braço, sabe lá. Mais uma vez prima estava lá. Febrão, fiz todo banho frio (tomei junto), mas ajudar a tirar sangue... realmente não deu para mim.

Tudo que diz respeito à coleta de sangue, vacinas (menos a gotinha, porque essa eu vou), tudo tem que ser com a minha prima junto! Não conte comigo, porque sou capaz de bater na pessoa só por achar que ele está sendo machucado. Sem exagero... desse jeito... sempre!

(Elizabeth Oliveira – a mãe frouxa do LG)

sábado, 29 de outubro de 2016

Enredos que permitem sonhar


A  exemplo dos brinquedos, os livrinhos fazem parte do universo infantil e estão espalhados de norte a sul pelos cantos da casa por onde circulam os pequeninos. Assim, exalam seu poder encantador em ocasiões distintas: como diversão na hora do banho, calmante no momento do sono, passatempo em viagens ou passeios, distração nas horas do choro,  brinquedos que personificam os contextos mais incríveis e fantasiosos... São companheiros e parceiros que além de divertir as crianças, estimulam o gosto e o prazer pela leitura.

Esse preparo do futuro leitor começa em casa com os pais  e se estende na escola. Com o terreno já adubado pela fantasia e as sementes das letras e imagens lançadas, a ceifa certamente será farta e o imensurável legado falará por si nos anos seguintes.

Coerente a essa visão, apresentei aos meus filhos, desde os seus primeiros anos, uma diversidade de leituras.  Atentos e curiosos, eles escutavam as historinhas (ou outros gêneros textuais) que eu lia para eles.  Chegavam, às vezes, a memorizá-las. Descobri isso um dia quando fiz uma pequena pausa durante a leitura de um álbum de figurinhas e o Danilo a completou corretamente.  Fiquei surpresa e repeti a cena em outra página; descobri,  então, que ele sabia de cor todos os comentários escritos de cada imagem colada naquele álbum. Dois aninhos de idade era ser pouco para o domínio das letras, mas não para a leitura de mundo daquele curioso menininho.

Uma vez, na editora Ática, a Patrícia encantou-se de tal forma com um livro-brinquedo denominado “Casinha da Ninoca”,  que não me deu outra alternativa a não ser comprá-lo, embora tal despesa fugisse (e muito) do orçamento permitido para aquele momento. Entretanto, foi compensador ver a felicidade que essa aquisição lhe trouxe,  e observar que até hoje  ela o mantém entre os pertences que mais ama. (Patrícia, hoje adulta,  é uma leitora assídua e  além disso, sabe transmitir suas ideias em verso e prosa de forma maravilhosa).  

Gibis, livrinhos ilustrados, com formatos de brinquedos, interativos, álbuns de figurinhas... Novidades sempre surgiam e eu procurava adquiri-las para presentear os meus pequenos e, assim, dar a eles a oportunidade de vivenciar experiências inesquecíveis que a leitura permite.

Da mesma forma eu agi com os netos. Gabriel  iniciou sua carreira como leitor logo que nasceu, contando com a participação efetiva de leituras com: o papai, a mamãe, o vovô, a titia e esta vovó coruja. Ele possui um arsenal de livros infantis, gibis, enciclopédias, etc. Além das histórias tradicionais, saciamos sua sede e curiosidade com livros sobre mitologia, meio ambiente e animais(sobretudo dinossauros). Possui tantos livros que não cabem na sua estante. Sempre que íamos ao supermercado, queria um gibi. Por isso, ganhou uma assinatura por  dois anos de gibis da Turma da Mônica (infantil e adolescente) que ele ama e não se desfaz.

Gabriel, na escolinha, levava em sua mochila vários livrinhos infantis e os  lia para as crianças menores. Dessa forma, ele as deixava mais tranquilas. Elas se sentavam em torno dele e o ouviam atentamente. As professoras ficavam maravilhadas com a atitude sábia desse anjo em forma de menino.

Outro dia, em casa, Gabriel estava no sofá folheando alguns dos seus livros. Eu tinha chegado do trabalho e estava muito cansada. Sentei perto dele, deitei a cabeça em seu colo e ele, vendo minha indisposição, disse que iria ler uma historinha para mim. Nem deu tempo terminar o texto escolhido. Eu adormeci profundamente, embalada por aquela leitura proferida com tanta doçura e carinho. Dessa vez,  houve uma inversão dos papéis: foi ele que me colocou para dormir. Minha filha não perdeu tempo e registrou essa cena singular como prova do poder mágico da literatura.

O outro netinho, o Johnny, completou seu primeiro ano de vida, mas desde os primeiros meses  demonstrou que é um leitor convicto. Os livrinhos atraem sua atenção, sejam eles  ilustrados, sonoros, escritos, interativos, de tecido, plástico ou de papel. Ele o segura com determinação, corre os olhinhos em toda a sua dimensão e faz a leitura em seu dialeto particular. É encantador! Quantas histórias aguardam ansiosas para serem, futuramente,  degustadas por ele!

Enfim, a ficção é um ingrediente fundamental para a realidade construída no decorrer dos dias e anos dos meus filhos e netos.  As leituras marcantes que compõem esses momentos criam enredos deliciosos e inesquecíveis, parcialmente registrados nas lembranças, nas imagens e nos escritos que aqui estão. 


                                     (Zizi Cassemiro – Mãe do Danilo e da Patrícia; avó do Gabriel e do Johnny)

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Grandes leitores, na infância e adolescência...


Os meus filhos sempre gostaram de ler. Quando eram bem pequenos, eu lia muitas muitas histórias para eles. Li todas as narrativas dos heróis da Bíblia, tanto é que até hoje eles sabem sobre a vida de cada um deles.

Sempre gostaram também de histórias em quadrinhos e, sempre que tínhamos oportunidade de ir ao shopping, o lugar preferido deles era a livraria. Sentavam e liam à vontade. Compraram muitas revistas em quadrinhos e leram todas. E guardam  até hoje uma coleção delas.

Atualmente não compram mais, passou a fase dos quadrinhos. A fase agora é trabalho e estudo, a vida real, sem fantasias, Mateus pensando na preparação para o estágio e trabalhando o dia todo. O Elias fazendo duas faculdades, também trabalhando o dia inteiro e ainda tirando carteira de habilitação. Então realmente não há mais tempo para as leituras. Foi um tempo bom, mas durou somente o tempo da infância e adolescência, pois as ocupações do cotidiano substituíram essa prática.

Quando estão de férias, às vezes eles leem um pouco. Os dois leram em janeiro "Anjo da escuridão" de Sidney Sheldon, e até comentamos juntos o final da história, pois lemos na mesma época, quando estávamos no RN. O Mateus leu mais alguns, entre eles, "The walking dead", de uma série que ele curte bastante. Eu também li mais alguns, mas atualmente a minha leitura preferida é a Bíblia.

Mesmo com pouco tempo para a leitura, todos aqui em casa têm bastante intimidade com a leitura! Os livros são inesquecíveis!!


                                                                     (Maria José, mãe dos ex bastante leitores, Mateus e Elias)

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Leiturinhas pra lá de marcantes!


A exemplo de papai, que sempre costumava me presentear com livros e gibis, eu sempre comprei, compro e comprarei muitos livrinhos para o Miguel, mas o primeiríssimo que chegou às suas mãozinhas miúdas foi muito especial, marcante! Veio pelo correio, do Rio, antes mesmo de ele nascer, enviado pela tia Else, na época do meu Chá de Bebê virtual, organizado pela galera linda do grupo "Arte e Manhas da Língua". E ainda veio rosa, mesmo sabendo que pertenceria a um menino, para mostrar que a leitura supera todo e qualquer possível pré-conceito! E como ele usou tal livrinho! Noossa! E está guardadinho, junto com a primeira roupinha, até hoje, ao contrário de muitos, que já até doei.

Além desse, Mig adorava um outro, que a tia Iria achou uma vez na pracinha, perto da casa dela, e que trazia vários paninhos cobrindo as coisas, fazendo a criança interagir. Ele amaaaaaava e ficava um bom tempinho ali, atento, descobrindo tudo. Sem falar, claro, em seu fiel escudeiro livro de banho, do peixinho! Inseparável também!

Depois desses, vieram muitos outros, anônimos, sem registros, mas cheios de sons, cores, letras, histórias, números, imagens... Foram muitas as revistas que ele já folheou, vários livrinhos que ele mesmo pôde escolher, vasculhando estantes de livrarias e as das que temos em casa. Há livros espalhados, à vontade, por toda a casa... e é muito legal quando eu o convido a ler algum e ele diz SIM, mas muuuuito melhor é quando eu o flagro "lendo" ou lendo por conta própria!


Poderia citar vários livrinhos aqui, a esmo, visto que todos eles teriam o mesmo grau de importância que todo livro que se preze deve ter na vida de alguém, porém, cito um todo especial que ele leu a pedido da escola "Waldemira Thereza de Jesus", o primeiro de um lindo projeto de leitura que a escola desenvolveu durante um ano! Tratou-se de "João e o pé de feijão", quando ele ainda não sabia ler e eu que lia para ele e fazia a sondagem que vinha como dever de casa (e fora a que eu também preparava em casa, para ele). Vieram muitos outros clássicos... Infinitas descobertas... vários sabores, cheiros, cores, mundos, emoções...

Destaco, ainda, os gibis, que ele atualmente tem gostado de ler, apesar da preguiça imeeeeensa. São marcantes porque é chegada a hora de ler sabendo, de fato, LER. Alfabetizado. Apresentado ao mundo das letras propriamente dito! E que emoção eu sinto ao presenciar ele, ainda meio tímido e com pouco molejo, juntar as letras, as sílabas, as palavras, as frases, descobrindo o mundo imenso que ainda tem pela frente, a desbravar! Que goste de desbravar tanto quanto eu, ou mais, muito mais! Sempre!

(Andreia Dequinha - mãe do pequeno grande leitor: Miguelito)

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

O prazer da leitura

Falar do primeiro livro ainda é bem difícil, já que ele gosta muito e de muitas histórias, sejam elas vindas de livros ou da minha cabeça de mãe criativa! (risos)

Mas ele foi apresentado a livros bem miúdo, pra ser sincera, até mesmo dentro da barriga, porque eu tenho umas coleções infantis que eu comprava sempre (sexto sentido?).

Os livros eram sempre de bichos e alguns religiosos (afinal de contas, é preciso falar de Deus também!), mas sempre com histórias beeeeem curtinhas.

O livro que eu acho que ele vai amar mesmo é um que vi do Toy Story (um grandão lindo, que eu acho que vou gostar mais do que ele! Disfarça! rs rs rs).

E ele já gosta muito de folhear, gosta tanto que quando eu conto uma história para ele, ele fica com outro livro na mão, só para ficar ali passando as folhas!

Espero que ele me peça muitos livros quando for maiorzinho e quando já souber ler... Vou adorar!

OBS.: Desculpem pelo "nude" da foto! kkkkkkkkkkkkkkkkkk

(Elizabeth Oliveira - mãe do futuro leitor LG)

sábado, 22 de outubro de 2016

Ele corre para o mar, ela foge do mar


Ahhh, o mar!!  Tão imenso, desafiador, poderoso, imponente, assustador, forte, mágico, complexo, fascinante, inspirador... Conhecê-lo,  é mais que uma aventura, é a concretização de uma expectativa construída a partir dos primeiros anos da  infância.  As imagens vistas nos livros, revistas, jornais ou televisão, já despertam um desejo de conhecê-lo e de caminhar na areia sentindo as pequenas ondas roçando nos pés,  e depois, entregar-se, sem resistência, ao mergulho naquela vastidão de água salgada.

Nos esboços imaginários tudo parece exato e perfeito. É como estar diante de uma receita de guloseima e não ver a hora de prepará-la,  para depois de pronta,  saborear, tranquilamente, cada bocado ou fatia,  sentindo o gostinho do infinito...

Chega, enfim, o dia em que os ensaios fantasiosos tornam-se experiências reais e memoráveis. Principalmente quando essas idas aconteceram poucas vezes. Conheci a praia e o mar na adolescência, em uma daquelas excursões de bairro que aconteciam todos os anos, especialmente no período das férias escolares.  Amei! 

Na  segunda vez,  aos 22 anos, já era casada e mãe do Danilo. Queria apresentar a esse inquietíssimo menininho loiro,  a grande água, pois até então só conhecia o precioso líquido que jorrava  da torneira, chuveiro, ou mangueira e caía em uma pequena piscina particular conhecida como banheira em sua casa. Ele precisava saber que aquilo tudo representava  uma gotinha,   se comparada à imensidão azul que desliza suavemente sobre as areias da praia.

Danilo era bebê, tinha menos de um aninho de idade, brincou e se divertiu um pouco na água e na areia,  muito bem acompanhado e monitorado por mim, pelo pai, avó, avô, tia, primas... Acho que ele até pensou em dar um perdido em nós, mas ainda não tinha dominado a arte da Fuga. Cada proeza tem seu momento. Naquele, por exemplo, a aventura se limitava a mexer na água e na areia e pular,  de mãos dadas,  com as pessoas da família.  

Alguns anos depois voltamos à praia e,  desta vez,  tínhamos mais uma bênção para cuidar: a Patrícia.  Eu sabia como seria complicado olhar duas crianças na faixa etária dos quatro aos seis anos, por isso acionei o alerta em todos da família.

Danilo, reafirmando sua boa disposição para os desafios, explorou  sua  energia o quanto pode: corria pela areia, corria para o mar, queria nadar no fundo, queria surfar (compramos uma pequena prancha para ele brincar) Haja braços, pernas, gritos para acompanhar sua adrenalina. Fugia do protetor solar, fugia de nós...teimoso elevado a mil.

Patrícia, por sua vez, teve um comportamento inverso ao do irmão. Aceitou usar a roupa de praia, posou para as fotos,  deixou passar protetor solar, mas não quis saber de mergulhar na água salgada.  Limitou-se a molhar os pés na beira da praia e quando a onda vinha,  ela corria para fora da água. Tinha medo das ondas, essa minha “peixinha” tinha pavor das águas grandes (Pelo menos não deu trabalho algum, enquanto o irmão monopolizou os olhares atentos de todos nós...)

No final deu (quase) tudo certo: o passeio foi um sucesso, todos amaram e se divertiram, na medida do possível. A inconveniência que houve foi a exposição excessiva do Danilo ao sol pelo fato de não ter deixado repassar o protetor solar.  Sua pele é bem clara e avermelhou muito, inclusive suas orelhas chegaram a inchar. Só assim,  aceitou cremes e pomadas que aliviaram o incômodo das queimaduras solares. O mal estar passou, entretanto as marcas viraram pintinhas e ficaram registradas em suas costas para sempre.

Patrícia, depois de adulta,  revelou-me o porquê do seu receio com a água do mar. Contou que ouvira da avó, alguns dias antes do passeio à praia, uma história na qual uma pessoa conhecida quase fora levada pela força das águas do mar. E complementando tal relato, a d. Geraldina fez advertências aos riscos que o mar oferece dizendo que “ o mar tinha prometido a Deus que iria afogar os melhores nadadores e o Senhor não concordando, propôs um acordo no qual as pessoas deveriam ter três chances para se salvarem. Por isso que quando alguém está se afogando, ela afunda e emerge três vezes”. Segundo a Patrícia, a avó falou isso com tanta convicção que convenceu a minha filha a, praticamente,  não se aproximar do mar. Ela entrou em pânico.  Essa “orientação” foi tão forte que até hoje  há resquícios: quando ela vai à praia, evita entrar com água além das canelas, as palavras da avó ainda sopram em seus ouvidos e causam efeito, mesmo depois de 26 anos.

Aventuras e riscos, abusos e medos, divertimentos e preocupações...  Experiências válidas dos inesquecíveis passeios no litoral que renderam: nutridos relatos, saudosas lembranças, registros em fotos,  sabor de quero mais...

                                         (Zizi Cassemiro – mãe do Danilo e da Patrícia; avó do Gabriel e do Johnny)

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Apreciadores do elemento água!


A água sempre foi um elemento da alegria dos meninos. Correr na chuva, pular no rio, na piscina, cachoeira ou praia, é realmente um grande prazer para eles!

Quando ainda eram bem pequenos, não íamos com muita frequência a esses lugares, mas depois que cresceram tiramos todos os atrasos. Íamos muitas vezes à piscina de um clube, do qual somos sócios. Em alguns passeios, tivemos o privilégio de apreciar muitos rios e lindas cachoeiras, pois aqui no MT há muitas dessas belezas!!  E também nos divertimos muito em represas (açudes) no RN.

A praia não existe aqui no Centro Oeste, mas isso não foi empecilho para eles desfrutarem de tamanha beleza! Eu já conhecia, porque sou do Nordeste, e sempre que vamos lá a diversão é garantida. Eles aproveitam o máximo que podem, pois é uma vez a cada dois anos.

Nada mais gratificante do que esses momentos com a família. Nunca gostei de pescar, nem acredito no ditado "Tá nervoso? Vá pescar"! Pelo contrário, pescar estressa porque o peixe não vem! (risos)

Mas estar junto com a família à beira de um rio, piscina, cachoeira ou praia, contemplando todas essas belezas, não tem preço! Os laços familiares são fortalecidos em cada momento de cumplicidade das nossas vidas, até mesmo quando a gente fica triste, mas, sobretudo, quando a gente se diverte junto! E realmente tivemos muitos momentos inesquecíveis na água!!

                                                                (Maria José, mãe dos apreciadores da água,  Mateus e Elias)

terça-feira, 18 de outubro de 2016

A praiana do LG!


Nossa primeira vez na praia?! Ahh, pareceu mais a primeira vez de loucos na praia, porque eram tantas coisas para levar que só Jesus na causa: carrinho, brinquedo, piscina, toalhas, cadeiras, barraca, comida  (é claro), água, suco, papinha, protetor de vários fatores, família trololó... Aí ainda leva cerveja...  aff... quanta tralha...  que quase que teria que ter um carro reserva, sem exagero! (risos)

Bom, depois de tudo isso, finalmente chegamos na praia...!!

Aí vem a segunda etapa: monta isso, perde aquilo... mas, no fim, tudo acabou dando certo, né? Só que não...!!! Enche a piscina e a criança prefere o quê?! Ficar do lado de fora, com a bunda na areia, brincando com a água... Pronto! O mundo desaba...

Beleza! Vamos entrar na água... Umas quinhentas mãos protegendo a criança, um falatório danado de que ele vai odiar a água, etc... Tá bom, o menino não está nem aí... e detalhe: se amarrou e se pudesse ficava lá eternamente, parece até que veio com guelras!! (risos)

Volta pra areia, a criança brinca, a criança rola na areia e dos taaaaantos brinquedos que você levou ele só quer UM, apenas o balde é o seu alvo!!

Emplastado de bloqueador solar (a essa altura com fator 1000), fui dar papinha, suco, água, leite, sei lá mais o quê e aí... puft... a criança dorme na cadeira, porque a mãe tem medo de bichinhos da areia sequestrarem a criança, só pode!! (risos)

Aí começa mais falatório: Trouxe água doce para dar banho no menino, troca as fraldas molhadas, coloca as roupas, bezunta a criança de protetor de novo, porque os pobres querem ficar o dia todo... 

Começo eu feito louca catando tudo o que ele não quis, deixando somente o que ele quis, para não correr o risco de perder nada na hora de ir embora.

Para a primeira ida à praia foi um sucesso! (gargalhadas)

Pense agora na segunda, em que até colchonete foi... e logo eu que ia à praia, antes dele, apenas com uma canga e chinelo... e agora para ir à praia são tantas tralhas que eu até desisto, confesso, mas lamento, pois ele se amarra, nem caixote impede de ele tentar furar ondas, ir mais para o fundo. O meu peixinho...


Piscina?! Essa foi mais fácil, já que tive que levar menos coisas! Apenas tive que sair correndo para buscar uma bóia... de resto, suave, e de repente um assunto para outra história! 

(Elizabeth Oliveira – mãe do peixinho do LG)

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Meu peixinho iniciante

Desde pequenininho já gostava muito de água e não era raro vê-lo se esbaldar na banheira -- fosse na hora do banho ou na água que eu colocava quintal pra ele pegar um pouco de sol --, ou até mesmo no tanque e tomando banho de mangueira! (apesar da água fria, que, como eu, detesta!). Ficamos, então, contando as horas para levá-lo à praia e à piscina, para vermos qual seria a reação dele diante de taaaaanta água!

A primeira vez que ele foi à piscina... foi a do Tamoyo.... com seis meses de vida... Mas é claro que não entrou na piscina do clube e sim ficou em sua piscininha, de bebê, levada para lá, claro! Sou doida, mas super careta como mãe! Sempre tive medo de expor meu filhote a algum perigo, por menor que fosse! Prazer! Sou a neurose em pessoa! E ao cubo! E sem exagero! (risos) Ele se divertiu um bocado! E ficou já olhando para a outra piscina, curioso, mas isso não o impediu, claro, de curtir também a dele, a mini! Super refrescante! E é claro que este momento ilustre tem registro! 


Quatro dias depois, foi uma outra primeira vez dele: uma rápida ida à praia. E lá também foi ela: a tal piscininha amarela, de peixinhos! Infelizmente não teve muita diversão! Estava meio frio, a água um gelo, era muito cedo ainda por causa do sol naquela pele branquíssima, sem falar que era tudo muito tenso e novo, para ele e para mim, mãe de primeira viagem! Frustração (de leve)! Ele parecia mais interessado em brincar de morder os seus brinquedinhos do que qualquer outra coisa, alheio ao local, concentrado apenas em si mesmo. Porém, notei a sua expressão de estranheza ao colocar a água na boca: salgada em vez da sempre água doce, até então. Bom sentir o contato dele com aquela areia fina e tão branquinha feito ele; engraçado vê-lo com um ar de nojinho e o ligeiro incômodo ao pisar nela; ruim presenciar seu susto e seu choro ao entrar pela primeira vez na beiradinha do mar... molhar aqueles pés tão gorduchos; emocionante ver meu filhote ser apresentado àquela imensidão toda... uma piscina pra lá de gigante, bem diferente da com que ele estava acostumado! 


Tudo isso valeu como experiência, para mim, para ele e acho que até para o pai (considerando que cada filho é único e cada momento especial!), portanto, como foi válida, principalmente por ser a primeira de muitas e por eu poder estar junto dele em (quase) todas as suas "primeiras vezes", até hoje! Se pudesse, estaria em todas, todas, todas... sempre! Como amo ser mãe dele, desse peixinho aprendiz, de tantos mares, sempre tão especial! 

(Andreia Dequinha - mãe do peixinho especial chamado Miguelito)

sábado, 15 de outubro de 2016

Quando o riso supera o siso


O que não faltam nos enredos maternos são situações hilárias protagonizadas pelos nossos rebentos que não hesitam em dizer o que pensam  com base na visão de mundo por eles construída. É uma pena que muitos desses casos se perdem na linha do tempo, sendo substituídos por outros à medida que crescem e experimentam novas sensações.

Mesmo assim,  há registros que marcam e,  de vez em quando, são temas em almoço com a família ou em rodas descontraídas quando jogamos conversa fora. O sorriso inevitável ou a gargalhada quase infinita, acompanhados pelos comentários, refletem a alegria visível nos rostos. Momentos lindamente singulares!

Reconheço que sempre tive uma afeição particular pelo humor. Desde pequena, fatos comuns me levavam ao delírio das gargalhadas, principalmente quando havia restrições. Por exemplo: quando ia à igreja, achava muito sério aquele ritual todo: as pessoas levantam, sentavam, ajoelhavam, respondiam todas juntas, coordenadas por alguém à frente delas. Entretanto, eu sempre encontrava algo que distraía minha atenção, principalmente quando estava com a Vera,  minha irmã caçula. Nós duas ríamos de tudo. Por algumas vezes, o ambiente das gargalhadas foi justamente a igreja.

Na primeira vez, enquanto tentava acompanhar as orações, nossos olhos localizaram  uma pessoa que fazia diversos movimentos involuntários com a cabeça. Mal fazia ideia de que aquilo se tratava de uma Síndrome de Tourette. Não conseguimos mais prestar atenção na missa e desatamos a rir tanto que tivemos que sair do ambiente pela inconveniência das nossas atitudes. Fomos punidas  pelos nossos pais com um sermão bem mais extenso que o do padre.  

Outro dia, em minha casa, uma galinha choca escapou do ninho e saiu em disparada mundo afora. Atrás dela corríamos eu e minha irmã, e quando mais gritávamos “pega a galinha, pega a galinha”, mais ela se assustava e fugia. Atravessou a rua e entrou justamente na igreja,  atrapalhando o momento da oração. Impossível conter as risadas daqueles que estavam presentes, dessa vez, o absurdo que passei me fez (paradoxalmente) chorar de rir.

Em outra ocasião solene, já não tão criança, aos 20 anos, vestida de noiva, meio apreensiva, entrei na igreja acompanhada por meu pai,  para receber as bênçãos do matrimônio. De repente eu era a protagonista mais esperada daquele momento. Todos os convidados me acompanhavam com os olhos; no altar, o noivo, o sacerdote e os padrinhos pareciam tão ansiosos quanto eu. Uma tradicional música de fundo realçava a seriedade do evento. Todavia, ao invés das tradicionais lágrimas, minha reação foi contrária e incontrolável: muita risada...tanta,  que mal conseguia responder o “sim”.

Como mãe, lamento não conseguir relatar todos os episódios humorísticos em que meus filhos roubaram a cena, mas alguns estão ainda fresquinhos: uma vez, Danilo, aos dois anos, folheava o álbum de fotografias e encontrou uma em que estavam somente o pai e eu (grávida). Questionou o porquê dele não estar conosco naquela foto. Eu respondi que ele estava sim, porém na barriga porque ainda não tinha nascido.  Ao ouvir isso, ele ficou muito revoltado e amassou a foto dizendo que eu o havia engolido e ele não era comida. Ficou mais bravo ainda quando viu as nossas gargalhadas as quais impediam uma explicação plausível para ele.

Minha sogra, um dia, como autêntica avó coruja, pegou no colo o netinho sapeca e disse a ele que estava com muita vontade de dar um beijo naquele rostinho. Ele apontou para um chiqueiro de porcos e respondeu que um dos porquinhos queria muito ganhar um beijo da avó. A gargalhada foi geral. Para o Danilo, na sua inocência, não havia diferença alguma entre os filhotes de bicho e os de gente.

Patrícia, uma adorável palhacinha cheia de gracinhas e encenações. Até brava ela conseguia nos fazer rir. Quando pequena, ao varrer a casa, se irritava com os papeizinhos que voltavam. Travava, então,  uma discussão com a vassoura, com o vento, com os móveis, com quem chegasse perto...  Aquilo era uma comédia para mim que ria escondida para que ela não visse, senão...  

Para cada situação,  tanto favorável como desfavorável, Patrícia criava uma paródia acompanhada com coreografia e exibia seu espetáculo para quem quisesse (Na verdade, esses shows continuam ainda hoje em exibição para os amigos e familiares).

 O alvo, certa vez, foi uma vizinha da minha mãe que teve uma atitude de descaso em relação a minha filha  e o Lucas (primo e parceiro nas paródias e danças). A infeliz da mulher não queria que minha mãe levasse os netos à festa.  Como resposta, as crianças inventaram uma música ridicularizando a mulher (destacando as  bochechas dela) e o bolo (cheio de glacê).  Cantaram e dançaram isso para nós. Muito criativos e incrivelmente engraçadinhos esses dois pestinhas. Amei!!

Danilo e Patrícia, quando adolescentes, ficavam em casa sozinhos durante o dia. Estudavam pela manhã e tinham a tarde toda para inventar coisas. Eu e o pai chegávamos à noite e, de vez em quando, éramos  surpreendidos por vídeos que eles montavam com diferentes performances: imitações(principalmente do Raul Seixas), teatros de bonecos, shows, reportagens diversas, etc. Uma chuva de risos e gargalhadas inundavam esses momentos. Deliciosamente inesquecíveis!!!

Não posso afirmar que  a comédia se fez presente cem por cento em nosso lar;  por vezes, o drama também atuou e deixou marcas que serviram como  experiências necessárias  para o amadurecimento de cada um. Contudo, a  nossa alegria e proximidade faz com que  o riso supere o siso. Dessa forma, não abrimos mão da risada discreta nem da gargalhada gostosa e barulhenta que tornam tão leves e significativos o aprendizado para a vida! 


         (Zizi Cassemiro - Mãe dos palhacinhos:  Danilo e Patrícia; avó palhaça do Gabriel e do Johnny)

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Rimos de tudo!

Tenho uma divertida equipe familiar. E com eles, o riso é garantido! Isso só aumenta a nossa cumplicidade e felicidade. Rimos de tudo! Até de coisas que os meninos nem vivenciaram, mas riem só de ouvirem os nossos relatos. Foi o caso de um episódio muito engraçado que aconteceu quando morávamos na chácara. Eu e o pai deles saíamos para trabalhar ás 13:00 horas, e voltávamos sempre por volta de 23:00 horas. Quando foi um belo dia, uma galinha entrou sem que percebêssemos e foi botar o ovo, atrás da geladeira. Trancamos tudo e ela ficou lá dentro. Ao voltarmos, nos deparamos com uma cena inédita: A galinha dormindo na cadeira, e a casa cheia de bosta por todos os cantos. Chorei horrores, mas depois foi motivo de risadas.

As lembranças dos risos da infância, foram muitas vezes, sobre as peraltices deles, como encontrar o Mateus em cima do guarda-roupa, procurá-lo por não ouvir nem sinal dele e descobri-lo em cima do pé de abacate dando comida para as vacas. Da vez que o pai o esqueceu na escola, e das caretas do Elias ao olhar para uma câmara fotográfica. Vê-los correr na chuva, também era muito divertido, pois se banhavam não só da água da chuva, mas de lama também! 

E as nossas viagens! Ah! Como tivemos momentos contagiantes de risos! Alguns desses divertidos momentos aconteceram em pequenas saídas, para uma cidade próxima a nossa, onde  frequentamos a igreja. Essa trajetória já dura mais de vinte e três anos. E um dos motivos dos nossos risos, é que em um determinado trecho da estrada, próximo ao lugar onde meu marido morou durante a adolescência, ele começa a contar uma história da infância dele, e no exato momento em que ele começa o relato, começa a sessão de risos, não pela história contada, mas pelo fato dele contar todas as vezes que passamos no local.  Todos riem, inclusive ele. É muito engraçado!

Durante as nossas viagens ao Nordeste, a diversão é garantida, as palhaçadas são inevitáveis. Quando posso registro algumas, desde a forma como se aninham dentro do carro para dormir, até a cantoria desafinada deles. Além disso, tem os tapas que  trocam dentro do carro, e as proezas do Mateus, tentando impedir o Elias de dormir, e até judia dele, com tapas e beliscões. E haja ouvidos para suportar, os gritos, e as risadas. O jeito é rir junto, pois vira mesmo uma comédia.

O pai deles é o homem mais conversador do universo, e o filho Elias, é o menino mais dorminhoco do planeta. Entrou no carro já dorme. Acho que pensa que é a cama dele.Os dois fizeram uma pequena viagem de 80 km. O pai começou a conversar, e o filho começou a dormir. Quando o pai percebeu, estava falando sozinho. Rimos todas as vezes que nos lembramos desse episódio!

O Elias é o mais palhaço da equipe, saiu ao pai, sempre cheio das gracinhas. Se eu corrijo alguma coisa que alguém falou ou escreveu errado, é motivo para ele me zoar e dizer: " A senhora se acha a professora de português né!?!"  Quando o mando fazer alguma coisa, já vem motivo para soltar a gracinha dele dizendo: "Pensa que é minha mãe pra mandar em mim". Quando era menor, ainda acrescentava que isso era "exploração do trabalho infantil". E quando digo que só não chamo o quarto deles de chiqueiro, porque tenho dó dos porcos, ele tem uma respostinha pronta: " A senhora tem é que agradecer por ter um filho bonzão"! Ele se acha o bonzão! Ah moleque!

Eles se divertiram muito em um acampamento de jovens, onde viveram "A noite do ridículo". Foi muito engraçado, e a gente não conseguia parar de rir com as palhaçadas deles, não sei onde arrumaram tanta criatividade para participarem do evento, mas valeu a alegria, foi um momento agradável em família, primos e amigos.

Algo bem recente aconteceu com o Mateus, o qual foi motivo de muitos risos. Ele viajou para um acampamento de jovens adventistas, mas o que não esperava era um cardápio vegetariano para quem é extremamente carnívoro! Lá só tinha "Arroz, tomate, beterraba, purê de batatas, creme de milho e suco natural". Mas o fato engraçado é que no último dia, ele viu algo diferente e ficou animadíssimo pensando que era lasanha, mas quando colocou no prato, viu que era purê de batatas. Que decepção! Mas não viu alternativa, a não ser passar o purê para o prato de outra pessoa. Comeu só arroz e tomate durante todo o acampamento! Eu amei! (risos)

Ah! Mas para acelerar a nossa sessão de risos, o fato mais engraçado do ano, se passou numa bela tarde de domingo, o dia em que o Elias trouxe a namoradinha dele pela primeira vez aqui em casa. Quando olhamos uma para a outra, começamos a rir, mas rir de verdade! E não conseguíamos parar de rir! Foi muito engraçado mesmo!, Acho que foi alegria à primeira vista, porque nem a minha cara, nem a dela estavam pintadas! Foi simplesmente inesquecível!!

Mas o riso é o que nos move, e a nossa alegria é mesmo contagiante! Nem os problemas escapam, rimos deles também! É por isso que podemos dizer: "Grandes coisas fez o Senhor por nós, e, por isso estamos alegres". (Sl 126:3)

                                                                             (Maria José, mãe dos divertidíssimos, Mateus e Elias)

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Uma comédia ambulante


Complicado eu me lembrar de um momento específico em que eu tenha morrido de rir com alguma tirada do Miguel, ainda mais tão palhaço ele sendo, desde sempre! Mas me recordo, agora, de apenas dois episódios que ficaram gravados em minha memória.

O primeiro trata-se de uma apresentação dele, na escola, quando ele estava na Creche IV, em plena festa junina, em que ele piscou direto a dança toda e eu preocupada com aquilo. Já nem conseguia mais achar tanta graça na coreografia do "faz doce, sinhá, faz doce, sinhá, faz doce, sinhá Maria" pensando no que aquela criança poderia, de repente, ter arrumado nos olhos. A tia Marisa, a auxiliar, veio logo falar comigo, também preocupada, com medo de alguma palha do chapéu estar incomodando a vista e tal. Lá fomos nós "salvar" o caipira do suposto desconforto, quando a figura, com a cara mais lavada do mundo, diz que não tinha sido NADA.

-- Mas como não, se você piscou a dança toda, Miguel?!?
-- Ué, mas já parei. Acabou a dança. Caipira que tem mania de ficar piscando assim mesmo, olha!

E fez ele de novo, para demonstrar, mostrando que aquilo nada mais foi do que uma performance, fazia parte da personagem criada por ele, e só! Simples assim! Doidas éramos nós que não tinhamos percebido sua veia artística, capaz de criar até trejeitos e cacoetes, oras! O que nos restava a não ser rir?!? Nada! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

O segundo episódio também me matou de rir, apesar de tamanha vergonha! Como eu e ele tínhamos a mania de fazer campeonatos pra ver qual era "o pum mais fedido", um belo dia ele cismou de perguntar aos amiguinhos da sala se as mães deles também peidavam. Claro que, educados (e mentirosos), eles disseram que não, me fazendo parecer alguma espécie de etéia. E é óbvio também que o Miguel deve ter contado, e com detalhes, o que a gente aprontava, assim como deve ter falado dos meus puns podres e tal.

Se a história parasse aí, tudo bem. Mas eis que um belo dia tem reunião na escola e lá vou eu, sem saber de nada. Cheguei lá e os amiguinhos da sala do Miguel ficaram todos me olhando, como se vissem um tiranossauro Rex em pessoa, ou um OVNI, ou sei lá mais o quê de inusitado. E detalhe que cochichavam uns com os outros. O Miguel veio correndo me abraçar e me dar um beijo! A reunião rolou e eu ainda intrigada com aquela reação. Quando estávamos vindo embora, juntos, eu comentei:

-- Filho, seus amigos hoje não estão batendo muito bem da cabeça não, né?
-- Por quê?
-- Quando eu cheguei lá na escola ficaram todos me olhando, cochichando... coisa estranha! Não entendi nada! Parecem malucos!

Aí naturalmente ele solta:

-- Ahhh, mãe, é que eles não estavam acreditando que você, parecendo uma mãe tão normal, era capaz de dar tantos puns, e tão fedidos!

E me contou toda a história, falando ainda que nenhuma outra mãe ali peidava. Até parece... Eu era a única mãe SINCERA, pelo visto. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Descobri, neste dia, que a pior vergonha ainda é a vergonha tardia. De algo que você intui, mas que não tem certeza, até então. Mas só sei que, nestes dois casos citados, dentre vários -- no momento esquecidos --, eu não conseguia parar de rir, tendo absoluta certeza de que muitos momentos nossos dariam um engraçado filme! Ou alguém aqui duvida?!? 

(Andreia Dequinha - mãe dessa comédia ambulante que atende pelo nome de Miguel)

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Como parar de rir?!


Muitas coisas me levam a sorrir sem parar, ainda mais quando se tratam de meu filho...

Antes eu ria de tudo, tinha crises de riso (ainda mais quando estava chapada), ria de tombos dos outros, até dos meus (e por que não?!), mas, ao entrar neste universo mágico das mães, acho que todas nós rimos muito das risadas de nossas crias, achamos graça do que eles acham (embora antes fosse meio sem graça).

Rir com ele e para ele tem sido o meu melhor divertimento...  Mas o que mais faz com que eu me acabe de rir com o LG é quando brigo com ele, quando ele faz algo que não deve, ele me olha e já ri, aí eu tento bancar a séria, e ele abaixa a cabeça e depois levanta com um sorrisão sem tamanho (como pode um garoto com uma bouinha tão pequena e quando ri parece o Coringa?! rs rs rs). Aí eu acabo tendo que sair, ir de fininho para longe, só para poder rir... (risos)

Não tem como esse... é o charme dele... o SORRISO! 

(Elizabeth Oliveira – mãe coruja do sorridente LG)

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Foram muitas dores!

A minha infância e adolescência foram um tanto conflituosas. Apanhei muito, mas reconheço que eu era muito levada e que fiz minha mãe passar muita raiva. Era uma vida difícil, com sete filhos para cuidar, por isso não a recrimino por todo aquele mau humor. Os dias não eram fáceis para ela, e agora que sou mãe, tenho toda a certeza de que todas aquelas surras doeram muito mais nela do que em mim! Hoje, eu a vejo como a minha heroína e agradeço muito a Deus por ela!

Mas a razão das marcas não foram as surras que levei e sim as palavras duras que atravessavam o coração, e sei que isso também doeu muito nela!

Como mãe que sou, analiso o meu comportamento diante dos conflitos da vida e sinto que muitas vezes agi igual a minha mãe. Posso dizer que foram muitos os momentos que senti doer mais em mim do que neles, seja pelas minhas falhas como mãe, seja por alguns pequenos acidentes que ocorreram com eles. Por isso esse tema emociona tanto, porque mexe com o emocional, com os sentimentos, com as feridas, e isso tudo me traz lágrimas!

Sinto que atravessei um deserto quando meu filho mais velho sofreu bullying escolar. Doeu horrores, cada vez que ele chegou chorando da escola, cada vez que se sentiu incapaz de reagir, cada vez que não quis almoçar, porque estava sofrendo com a zoação dos colegas da escola. Sinto que falhei como mãe quando deixei de ensiná-lo a se defender e, no meio das minhas lágrimas, cheguei a desejar ser uma daquelas mães que recebia reclamação da escola, porque o filho batia em todo mundo. Senti todas as dores do mundo!

Doeu muito também todas as vezes que bati nos meus filhos, em que perdi a paciência quando nem era tão necessário. Muitas vezes achava que podia encerrar o assunto com uns massacrantes tapas e nem pensava se realmente havia motivo para tanto descontrole.  É por isso que dói em mim até hoje aquelas monstruosas chineladas que dei no Elias, sem a menor necessidade, e ele dormiu soluçando e dói até hoje quando lembro da cena. Marcou para sempre!

O lado bom da vida deles, é que sempre tiveram um bom advogado, o pai, que é um homem de grande tranquilidade e muitas vezes, só entre nós dois, pedia para eu ter mais calma com eles, que não precisava de tudo aquilo, e eu pagava de megera, mas acabava percebendo que ele tinha razão. E isso foi bom para mim também!

Outros acontecimentos também foram a razão de muitas dores. Quando uma cadeira assassina, de madeira pura, esfolou os dois dedinhos da mão do Elias e as unhas caíram na hora, foi muito sangue e muito choro. Aqueles pontos foram massacrantes não só nele, mas em mim também! Doeu muito também quando ele queimou o pé na fogueirinha que o Mateus e o Isaque fizeram para brincar. Por causa disso os dois apanharam, sem necessidade e isso doeu muito também!!

São dores e mais dores! Sofri muito quando o Elias viajou sozinho, aos treze anos de idade, para João Pessoa, na Paraíba, para disputar os jogos estudantis. Quando fiquei sabendo que ele estava no aeroporto com dor de cabeça e que ainda ia ficar horas esperando o voo, quase morri, senti calafrios, perdi o sono, senti uma sensação horrível!

Também me dói muito e ainda sinto muita culpa pela forma como conduzi o Mateus nos seus primeiros anos de vida, tratando-o com muita dureza e isso fez dele um menino muito tímido, mas, de certa forma, ele deu a volta por cima e aprendeu a se defender, acho que até demais, pois é argumentador e luta pelos direitos dele, principalmente quando o negócio a resolver é comigo. (risos)

Sei que ainda haverá desertos a atravessar, mas a minha oração por eles é que tenham sabedoria para enfrentar os dramas da vida. Que sejam felizes nas escolhas deles, no casamento, vida profissional, para que não sintam tantas dores! E que sejam iguais ao pai deles, que herdem toda essa tranquilidade!

 Hoje eles não levam mais tantas broncas, pois são meninos maravilhosos, amáveis, com apenas uma diferença: o Mateus é mais cheio de mistério e o Elias é mais de conversar! Quem for se casar com ele, se prepare, porque é muito conversador, igual ao pai.

As broncas que levam atualmente é  por causa da bagunça no quarto, mas isso tenho a certeza que dói só em mim. (risos)

                                                                                (Maria José, mãe dos bagunceiros Mateus e Elias)

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Ai, como dói!





Essa história de "doer mais na gente do que neles" é real mesmo...

A cada tapa que dou no pequeno com a minha mão de elefante eu quase morro, mesmo porque até arde a minha mão! Acho que é Deus me castigando por perder a paciência com ele, que nunca perde a dele comigo.

Dói muito observar que ele sofre por não falar, me dói ver meu pequeno não se socializando, se reclusando na escola, e por aí vai.

Dói por ser impotente com relação a ele e não saber mais como conduzir as coisas para que sua fala venha.

Dói por vê-lo ver as coisas, entender e não conseguir se fazer entender por outras pessoas, até mesmo em coisas simples.

Acho que ele até sente também por tudo isso, mas muito pouco, pelo menos é o que apresenta em casa, já que está sempre sorrindo, feliz, falante, ainda que com seus dialetos próprios, até agora. 

Dói muito em mim quando ele brinca em silêncio.

Dói saber que ele sente minha aflição e eu não já consigo mais contê-la para que ele não sofra...

Certo dia, ele percebeu que eu estava com medo, com as mãos suando frio, quando eu o trouxe sozinha da creche e ele fortemente segurou a minha mão (e ele odeia quando a mão dele fica molhada), como se quisesse me proteger, e assim ele o fez. Chegamos em casa e ele logo me puxou para dentro, subindo as escadas, carregando sua mochila do Pica–Pau (presente da tia Dequinha ), sem me deixar pegar peso. Quando entramos em casa, ele pediu para ver desenhos no notebook e eu deixei, pois ele não mexe (nas minhas coisas), então ele subiu na mesa e veio em minha direção para me dar um abraço... (sabe o medo, o pânico?! mas neste momento me vi agraciada por Deus por esse anjo ser meu!).

Dói a falta de paciência do pai com relação às coisas do menino, até mesmo para fazê-lo parar de chorar enquanto acorda de madrugada (nem se esforça para ver o que está acontecendo e logo perde a paciência).

Dói saber que um dia deixarei essa criança, embora não faça ideia do tempo, de quando, mas fico me perguntando e me atormentando: Quem o fará dormir? Quem o entenderá? Quem, meu Deus?

Nossa sintonia é única, dormimos embolados, ele parece não ter medo de ser esmagado por mim...

Lágrimas me vêm por me sentir só no seu universo e por saber que poucos se esforçam para atender às tantas necessidades do pequeno. Dói muito cada esporro que dou nele, cada grito, cada falta de paciência... e que doa por muito tempo, estando ao lado dele, sempre. 

(Elizabeth Oliveira – mãe coruja e sofrida do LG)

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

E eu levei uns mil pontos...

Sou uma mãe que encara o que precisa encarar, pelo menos até hoje foi assim, graças a Deus, até porque não há uma outra alternativa! Se eu não encarar, quem vai?!? Sou metida a durona, ogra, mas é só "casca", pois, no fundo, sou sensível e chorona ao extremo. Sou daquelas que chora quando o filho cai, que fica pra morrer quando o filho fica doente ou até ligeiramente febril. Grudo na cama e fico ali monitorando, acordo mil vezes para ver se a febre voltou, fico apavorada quando o remédio não faz a febre cessar nem o xarope expectora... Além disso, sou mãe que chora depois que briga e que põe de castigo... Um horror!

Felizmente Miguel é menos levado que eu e ralou bem menos os joelhos, teve bem menos manchas roxas, hematomas, arranhões, galos... me deu até poucos sustos, mas, em compensação, quase morri em dois deles, especialmente. 

O primeiro foi o dia em que ele caiu (de cabeça) de um brinquedo super alto na escola e me ligaram. Só em ver o número da escola registrado na chamada já fez meu coração quase sair pela boca, pois boa coisa não é, nunca é! Eu estava em Arraial do Cabo, aplicando prova, e saí voando da escola (sorte que uma amiga me deu uma carona, porque se eu fosse esperar ônibus pra Cabo Frio e ainda pegar um táxi pra ir até a UPA eu ia desmaiar, de tão nervosa!). Cheguei à UPA e lá estava ele com a diretora e mais umas duas pessoas da escola a tiracolo. Chorou mais ainda quando me viu e eu acho que mais ainda. Como caiu de cabeça, tinha que bater um raio-x e tal. Fiquei sem dormir observando-o nas 48 horas, que se transformaram em 96 horas e por aí vai. Como sofri! E ele lá tranquilão, roncando, brincando, nem se lembrando mais do tombo... 

O segundo foi, pra mim, ainda mais punk. Ele estava brincando de "cabra cega" com o pai, no outro quarto, enquanto eu elaborava provas. De repente ouço um barulho e ele chorando, o pai e minha mãe gritando, apavorados. Achei que fosse um tombinho à toa, mas... lá vem ele jorrando sangue e eu sem saber por onde. Enlouqueci. Nem sei o que se passou pela minha cabeça, na hora! Só sei que o levei para o banheiro e coloquei água na boquinha dele, pensando que fosse algum corte na boca, algo nos dentes... e a água saiu tão limpinha quanto entrou! E o sangue jorrando. Foi quando olhei debaixo do queixo dele e havia uma espécie de "boquinha" ali! Quase desmaiei, mas, em vez disso, coloquei um vestido qualquer, peguei minha bolsa e o levei à emergência, mesmo com a plateia aqui dizendo que eu estava exagerando e que não era nada grave pra levar a médico e tal. E a gente ouve? Não. Só ouve o sexto sentido. E que bom! 

Nem ponto falso resolvia. Tinha que dar sim alguns pontinhos ali. Pavor. Mais meu do que dele. Sempre fui de aprontar, mas nunca quebrei nada nem precisei levar ponto nenhum. E elezinho ali, corajoso, encarando, enquanto eu morria por dentro. Como não tinha enfermeira sobrando no dia, eu fui ajudar ao médico... segurei meu filhote pra costurar o queixinho... Suei frio, tudo escureceu, as pernas bambearam, e eu quase desmaiei. Foram só dois pontos... nele... mas em mim eu acho que devo ter levado uns mil pontos... no coração e na alma. Que situação! Tomara que nunca mais eu precise passar por isso... 

(Andreia Dequinha - mãe do pouco arteiro Miguelito)

sábado, 1 de outubro de 2016

As escolhas são deles


Interessante o caminho que o ser traça para conseguir a tão sonhada liberdade e de que forma isso se processa. A aparente fragilidade e dependência dos bebês nos permite tomar frente a tudo: brinquedos, comida, bebida, roupas, calçados, modo de pentear os cabelos, acessórios, lugares para ir, amigos, programas de TV, leituras, comportamentos, etc.   

Um dia, porém, ele começa a dizer “não” aos nossos gostos e decisões,   alterando, gradativamente, o enredo  de 3ª à  1ª pessoa.  A princípio, nosso equilíbrio vai ao chão porque nem sempre concordamos com o que eles querem. O instinto materno, sempre em estado de alerta, acredita plenamente que cabe às mamães as determinações relevantes durante o processo do amadurecimento dos filhos.

Entretanto, o  suposto clima de antagonismo gerado nessa fase é positivo; embora sejamos responsáveis por eles com um domínio relativo que se expressa  por meio de conselhos, sugestões e ordens (nem sempre acatadas), a  evidência é uma só: nossos pequenos precisam crescer não só no tamanho, mas em sabedoria e pertinência para suas escolhas. Se for diferente, que tipo de pessoas formaremos,  então?

Certamente, toda mãe possui experiências hilárias a relatar sobre esse tema e eu não seria uma exceção,  principalmente por ter um casal de filhos e conhecer as variações típicas de cada gênero.  O primogênito, o rebelde Danilo, já aos dois anos demonstrou sua insatisfação por um determinado tipo de roupa: as formais. Era um drama quando precisávamos ir a algum evento que exigia um traje mais formal. Segundo ele, não usaria “roupa de crente”.  O pequeno observava o mundo ao redor e havia percebido que as pessoas religiosas iam à igreja  muito bem arrumadas, especialmente os evangélicos denominados popularmente como “crentes”. Ele, na sua inocência, já generalizava: arrancava a roupa, chorava, queria outra. Um absurdo para mim! De onde ele tirara aquele conceito estereotipado? 

Em seu aniversário de dois anos,  deu muito trabalho convencê-lo a usar uma bermuda com suspensório infantil. Os anos passavam e os argumentos contrários  acompanhavam-no concomitantemente. As recusas quanto às escolhas de alguns tipos de  roupas tornaram-se incisivas. Só aprovava as informais: camisetas grandes, bermudas simples, calças moletom ou Jeans, tênis. Camisas, calças e sapatos sociais? Nem pensar!! Na formatura do Ensino Fundamental, teve que aceitar o que era ideal ao momento, mas com protestos. Na adolescência, como autêntico roqueiro, optou pelas roupas escuras e o cabelo comprido. Essa implicância só foi alterada quando adulto, formado em engenharia, foi obrigado a se trajar conforme as determinações da empresa. Hoje, quando necessário e  sem nenhuma resistência,  ele desfila cheio de pose com seu terno.

A irmã também desenvolveu opiniões próprias e restrições com relação às vestimentas desde pequena. Gostava de escolher o que queria usar e de se vestir sozinha. Em ocasião de festa de aniversário, adorava abrir os presentes e os agradecia com um lindo sorriso, mas quando ela percebia que eram conjuntinhos típicos de verão com blusinhas de alça e shortinhos, ela fechava a cara na hora e dizia que não iria usar “roupas de galinha” (no sentido conotativo). Era extremamente discreta nas vestimentas. Adorava vestidos, saias,  bermudas “decentes”, calças, desde que não ficasse exposta ao resto do mundo. Esse gosto a acompanhou durante toda a  infância e  adolescência; somente após a maioridade, ela experimentou as alcinhas e se apaixonou, descobriu, então, que não era “um bicho de sete cabeças” e que usar algo mais confortável não alteraria em nada o seu caráter. Para combinar com sua personalidade intensa, marcante e dócil ao mesmo tempo, Patrícia aderiu aos tons fortes e estampas coloridas, principalmente quando participa de eventos culturais ou danças folclóricas.

Segundo ela, a cor dá mais vida e alegria; além disso, as escolhas refletem o estilo da pessoa. Eu adoro tanto o branco e preto dele quanto o colorido dela,  porque na minha tela a liberdade de escolha dos pincéis é que dá forma e sentido aos sonhos de cada um, e eu os amo igualmente na sua diversidade.

                                       (Zizi Cassemiro – mãe  do Danilo e da Patrícia; avó do Gabriel e do Johnny)